13 de Agosto de 2012 às 23:59
Bancos na contramão do desenvolvimento do país
A crise financeira mundial está longe de atingir os bancos em operação no Brasil. No primeiro semestre, Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e Caixa tiveram ganho de R$ 19,29 bilhões. O setor é o mais lucrativo da economia nacional. Em contrapartida, continua a fechar postos de trabalho.
Entre janeiro e junho, o país gerou 1,04 milhão de empregos. Desses, apenas 2.350 foram oferecidos pelas organizações financeiras. O Itaú, maior banco privado do Brasil, é o responsável pelo maior número de demissões. No período foram 5.741 cortes.
Na hora de dispensar, todas as organizações financeiras optam pelos funcionários mais antigos e com salários mais altos. A remuneração média dos bancários mandados embora é de R$ 4.299,27.
Já quem chega ganha apenas R$ 2.656,92. Isso se for homem, porque com as mulheres o sistema financeiro é ainda mais perverso. O salário inicial de uma bancária é de R$ 2.311,14.
A discriminação também atinge os negros. Dos 508 mil trabalhadores do setor bancário, apenas 95 mil são negros, ou seja, 18,7% do total. Os dados reforçam a necessidade urgente de mudanças.
Os bancos têm condições de contribuir efetivamente com o desenvolvimento do país, abrindo postos de trabalho, acabando com as discriminações e reduzindo os juros.
As taxas cobradas no mercado brasileiro são as maiores da América Latina. O cartão de crédito, por exemplo, chega a 323% ao ano. Um abuso.