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17 de Junho de 2009 às 23:59

Bancos fecham 1.354 postos de trabalho

Os bancos que operam no Brasil fecharam 1.354 postos de trabalho no primeiro trimestre de 2009, segundo estudo elaborado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pela Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As empresas financeiras desligaram 8.236 bancários e contrataram 6.882 entre janeiro e março. É uma inversão do que ocorreu no ano passado, quando houve um aumento de 3.139 novas vagas no mesmo período. Este é o resultado do primeiro levantamento que a Contraf-CUT e o Dieese passarão a publicar trimestralmente a partir de agora sobre a evolução do emprego nos bancos, tomando por base dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira 16, em entrevista coletiva na sede da Contraf-CUT, em São Paulo. Demissões se concentram nos maiores salários Além da redução do emprego, está havendo também uma diminuição na remuneração média dos trabalhadores do sistema financeiro. Os desligados no primeiro trimestre recebiam remuneração média de R$ 3.939,84. Já os contratados têm remuneração média de R$ 1.794,46, o que representa uma diferença de 54,45% - menos da metade. Isso porque os desligamentos foram concentrados nos escalões hierárquicos superiores e as admissões ocorrem principalmente nos cargos iniciais da carreira. Esse movimento intensificou a tendência observada no mesmo período do ano passado, quando a diferença entre os salários médios dos bancários contratados e desligados foi de 34,34%. "Enquanto os lucros aumentam progressivamente mesmo durante a crise - os 50 maiores bancos apresentaram lucro líquido de R$ 7,5 bilhões só no primeiro trimestre deste ano -, as empresas financeiras estão reduzindo custos com fechamento de postos de trabalho e ainda com a alta rotatividade da mão-de-obra, demitindo bancários com salários mais altos e contratando funcionários com remuneração inferior", critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "As demissões estão concentradas nos grandes bancos privados, principalmente em razão das fusões do Itaú-Unibanco e Santander-Real, contrariando os compromissos assumidos publicamente pelos presidentes dessas empresas de que não haveria fechamento de postos de trabalho", destaca o dirigente sindical.



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