Bancos abusam das tarifas bancárias
A expressão de “grão em grão a galinha enche o papo” cabe muito bem quando o assunto são as tarifas bancárias. O consumidor fica à mercê dos bancos, que não poupam em abusar da cobrança. É natural conter no extrato de conta-corrente do cliente uma enxurrada de valores, que, se somados, podem resultar em uma bolada todo mês. Uma pesquisa do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) aponta que os pacotes de serviços essenciais, como transações com cheques, extrato e saques, tiveram reajustes médios de 45,6% em abril de 2008, quase cinco vezes a mais do que a inflação do período. O levantamento foi realizado nos pacotes dos maiores bancos do país: Banco do Brasil, Santander Real, Bradesco, Caixa, HSBC, Nossa Caixa, Itaú Unibanco e Banrisul. Como as taxas bancárias não são tabeladas, e as empresas podem aumentar e diminuir o valor como bem entendem, a melhor maneira de se proteger é prestar atenção ao que vem no extrato e pesquisar os valores banco a banco. Há ainda uma regulamentação do CMN (Conselho Monetário Nacional) que obriga a empresa a divulgar o valor das tarifas. Se houver reajuste, a comunicação deve ser feita com 30 dias de antecedência. Empresas cobram tarifas de contas não movimentadas O correntista deve fechar uma conta bancária não movimentada para evitar dores de cabeça. Muitos clientes acreditam que quando possuem conta sem movimentação, esta é encerrada automaticamente, o que não é verdade. Além de não fechar a conta, as organizações financeiras podem cometer abusos como pagamentos de serviços não prestados, durante período indeterminado, se houver existência de saldo. Desde 2007, a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) padronizou que as contas inativas podem ser tarifadas por até 90 dias, prazo em que o banco deve notificar o cliente e as tarifas deixam de ser cobradas se gerarem saldo devedor. O Sindicato dos Bancários de Dourados e Região recomenda que o cliente encerre a conta e guarde o comprovante para alguma eventualidade.