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16 de Agosto de 2010 às 23:59

Banco do Brasil registra lucro de R$ 5,1 bilhões no semestre

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 5,1 bilhões no primeiro semestre de 2010, crescimento de 26,5% em relação ao mesmo período de 2009, de acordo com o balanço financeiro divulgado na manhã desta segunda-feira. A instituição aponta o aumento do crédito e a queda da inadimplência como os principais fatores que proporcionaram o resultado positivo do período. No segundo trimestre, o resultado líquido foi de R$ 2,7 bilhões, alta 15,9% sobre o primeiro trimestre, cujo resultado foi de R$ 2,35 bilhões. Em relação ao segundo trimestre de 2009, o crescimento foi de 16,1%. O lucro do BB, maior instituição financeira do país, foi o segundo maior reportado pelos bancos no semestre, atrás apenas do Itaú Unibanco, cujo lucro líquido registrado foi de R$ 6,4 bilhões. CRÉDITO No segmento de crédito para empresas, a carteira evoluiu 31,2% em 12 meses e 5,9% sobre o trimestre anterior, totalizando R$ 135,6 bilhões em junho de 2010. Destaque para o capital de giro que cresceu 41,8% em 12 meses e 11,1% no trimestre, registrando saldo de R$ 67,5 bilhões. O crédito às pessoas físicas chegou a R$ 101,1 bilhões ao final do segundo trimestre de 2010, crescimento de 47,7% em um ano e de 6,3% no trimestre. Segundo o banco, este montante representa 31% da carteira total do BB contra os 27,1% observados no mesmo período do ano anterior. Entre as linhas de crédito mais relevantes, destaque para o crescimento do crédito consignado que atingiu R$ 40,5 bilhões, expansão de 37,1% em 12 meses. Esse desempenho garantiu ao Banco do Brasil 32,8% de participação de mercado o que reforça a posição de liderança do BB no segmento. As operações de financiamento a veículos cresceram 178,4% em relação ao segundo semestre de 2009, totalizando R$ 22,8 bilhões ao final de junho de 2010, resultado reforçado pela parceria com o Banco Votorantim, conferindo ao BB 13,6% de participação de mercado. O crédito imobiliário continua em alta, registrando R$ 2,1 bilhões no semestre, expansão de 84,9% em 12 meses. A carteira de crédito em conceito ampliado , que inclui garantias prestadas e os títulos e valores mobiliários privados, registrou R$ 349,8 bilhões no final do primeiro semestre, crescimento de 6,8% no trimestre e de 41,1% em 12 meses. INADIMPLÊNCIA No trimestre, os índices de inadimplência do BB observaram uma tendência de queda intensificada, aproximando-se dos patamares observados em 2008. As operações vencidas há mais de 90 dias atingiram 2,7% da carteira de crédito, melhora de 40 pontos base no trimestre e de 60 pontos base em relação a junho de 2009, enquanto o SFN registrou índice de inadimplência de 3,7%. "Trata-se do menor patamar desde dezembro de 2008", ressalta o comunicado do banco. Para o vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região Carlos Longo, que é funcionário do Banco do Brasil: “Agora é ver qual será a desculpa dos banqueiros para não reajustarem os salários de seus funcionários nesta campanha salarial, já que os lucros obtidos são frutos dos esforços de seus trabalhadores”. Ainda segundo Longo, “é claro que os bancários não aceitarão nenhum tipo de desculpa, já que o setor bancário como um todo está tendo lucros que podem ser considerados até exorbitantes, tudo “a custa de metas, na maioria das vezes abusivas, mas que agora é a vez da meta dos trabalhadores que é conseguir um bom acordo coletivo”. “Os banqueiros tem motivos de sobra para comemorarem, afinal todos eles estão ganhando e muito, o Itaú Unibanco, maior banco privado brasileiro, encerrou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 6,4 bilhões, 39,6% maior que no mesmo período do ano passado. O terceiro maior banco brasileiro, Bradesco atingiu no primeiro semestre lucro líquido de R$ 4,602 bilhões, já o banco Santander Brasil, que engloba as operações do antigo Banco Real, terminou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 2,02 bilhões, a Caixa divulgou lucro líquido de R$ 1,7 bilhão no primeiro semestre de 2010. O crescimento é de 44,1% em relação ao mesmo período de 2009 (R$ 1,158 bilhão). É muito dinheiro para um só setor da economia, por isso é preciso que os trabalhadores bancários fiquem atentos e mobilizados para fazermos uma grande campanha salarial e exigir o que nos é de direito” finaliza Carlos Longo.



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