A Comissão de Empregados entrega hoje à direção do Banco do Brasil a minuta com as reivindicações específicas, que tem como base as deliberações do 16º Congresso dos Funcionários do BB e da VII Conferência Nacional dos Bancários, ocorridos em julho. No documento, os empregados pedem a reposição das perdas salariais, fim do assédio moral, volta do anuênio, isonomia para todo o funcionalismo, redução da Parcela Previ, reformulação do PCC e PCS, entre outros. Banco do Brasil obteve lucro de R$ 1,979 bilhão no primeiro semestre. O resultado representa um crescimento de 39,3% em relação ao mesmo período de 2004 e um ganho 23,4% maior do que o do semestre anterior. A participação da empresa nas operações de crédito do mercado doméstico cresceu 20,7%. A carteira de crédito do banco totaliza R$ 87 bilhões atualmente, o que equivale a 16,5% de todas as operações do Sistema Financeiro Nacional. A cobrança de tarifas bancárias representa 119,6% dos gastos com a folha de pessoal. Os serviços são uma das grandes fontes de lucro, que tem a maior base de clientes do país, 21,9 milhões de correntistas, dos quais 20,5 milhões são pessoais e 1,4 milhão de empresas. Conta ainda com 5,7 milhões de contas de poupança e 2,4 milhões de beneficiários do INSS que recebem pelo banco. O lucro bilionário do BB não se reflete em melhoria de atendimento para os clientes, muito menos em reajustes salariais justos para os funcionários. Ao contrário, o funcionalismo acumula perdas salariais de até 70% em alguns casos.