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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Bancários na luta contra o Assédio Moral

Nos idos dos anos 80, a base dos lucros astronômicos dos bancos era a inflação, uma verdadeira bolha assassina que inflava os cofres dos banqueiros, enquanto empobrecia cada vez mais a população. Abatido esse monstro inercial, os bancos criaram a enorme diversidade de tarifas, que lhes garante até hoje a cobertura de mais de uma folha de pagamento. E os lucros sobem. O capitalismo tem essa capacidade de resolver as próprias crises, sempre preservando suas características: a exploração e o acúmulo. Assédio moral - Na guerra que a categoria empreende contra o assédio moral, os bancos vêm reagindo da mesma forma. Não é de hoje que denunciamos as pressões, humilhações e toda sorte de abusos nas agências, departamentos e telemarketings. É velha essa história de gestores exigirem que os bancários ultrapassem os limites de sua resistência física e psicológica para vender produtos financeiros. Os bancos sofisticaram a tal ponto esse tipo de exploração, que as antigas formas de cinismo são hoje simples jogos de espírito de crianças. Péssimo exemplo - Os bancos tem implantado toda uma pedagogia do assédio moral, isto é, um emaranhado de técnicas que vão da elaboração de um código de ética e a fraude dele, passando pelas formas abertas e sutis de ameaças ao emprego, deturpação de normas legais, até a transferência . Tudo para colocar em xeque o intelecto e as emoções do empregado, sempre com o intuito de destruir a sua resistência moral, causando-lhe o estresse, o desânimo e a doença. Objetivo: aumentar as vendas e os lucros. O Sindicato dos Bancários de Dourados tem recebido várias denuncias de assédio moral e para tanto o caso está sendo denunciado junto a direção dos bancos para que providências sejam tomadas no sentido de coibir essa prática imoral que ocorre em alguns locais de trabalho.



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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