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28 de Setembro de 2010 às 23:59

Bancários fazem assembleias hoje para deflagrar greve nacional a partir desta quarta-feira, 29/9

A Fenaban não respondeu ao ofício enviado na quinta-feira 23 pelo Comando Nacional dos Bancários, dando prazo até ontem, 27/9, para os bancos apresentarem nova proposta à categoria. Diante disso, o Comando mantém a orientação aos 137 sindicatos de bancários que representa em todo o país a rejeitarem, nas assembleias desta terça-feira 28, a proposta de 4,29% de reajuste e deflagrarem greve nacional por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira 29. Em Dourados a assembléia será às 18h na sede do Sindicato, a Rua Olinda Pires de Almeida 2450 e todos os bancários de bancos públicos e privados já foram convocados. A diretoria espera que a categoria compareça maciçamente para que a decisão seja respaldada e tenha legitimidade, para isso nesta segunda-feira os diretores do Sindicato estiveram em todas as unidades entregando informativo (Jornal Bancário) com todas as informações da campanha salarial e reforçando o convite para a participação na assembléia. No dia de hoje será a vez das agências da base territorial receber a visita dos diretores do sindicato com o jornal e o reforço para que esses companheiros também estejam presentes na assembléia. Ainda no dia de hoje, os diretores retornarão as agências também em Dourados para mais uma vez dialogar e chamar os bancários a participarem da assembléia. "O silêncio da Fenaban deixa claro que somente a greve quebrará a intransigência dos bancos", adverte Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "Não há nenhuma razão para os banqueiros rejeitarem as demandas da categoria. Somente os cinco maiores bancos tiveram R$ 21,3 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre. É um crescimento de 32% na média em relação ao ano passado e uma rentabilidade sobre o patrimônio de 25%, graças entre outras coisas ao aumento da produtividade dos trabalhadores." Depois de um mês de negociações, a Fenaban apresentou na quarta-feira passada proposta de reajuste de 4,29% (a inflação dos últimos 12 meses medida pelo INPC), rejeitando as reivindicações de aumento real, valorização dos pisos salariais, melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), melhores condições de trabalho e preservação da saúde, principalmente o fim das metas abusivas e do assédio moral, além de medidas que preservem o emprego e protejam a vida. O que os bancários reivindicam ● 11% de reajuste salarial. ● Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente. ● PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos. ● Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá. ● Previdência complementar em todos os bancos. ● Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança. ● Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização dos correspondentes bancários. ● Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público. ● Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

Rua Olinda Pires de Almeida, 2450 Telefone 0xx67 - 3422 4884