Bancários do BB mantêm o melhor modelo de PLR
O Banco do Brasil concordou em manter o mesmo critério de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) do semestre passado e vai pagar no próximo dia 8 novamente o melhor modelo do sistema financeiro nacional. A regra é a mesma que foi aprovada pela categoria na Conferência Nacional dos Bancários do ano passado. Ela prevê, além do percentual do salário e da parte fixa, a distribuição de mais 4% do lucro líquido de forma linear para todos os funcionários. Na rodada de negociação realizada nesta quarta-feira, a Comissão de Empresa dos Funcionários ainda cobrou a antecipação do benefício. Mas o banco alegou que não pode atender a reivindicação por causa de impedimentos legais, mas garantiu que faria o crédito no dia 8, junto com a distribuição dos dividendos, se o acordo for assinado até lá. Pelos cálculos da Comissão de Empresa, somente com os 4% do lucro líquido cada bancário do BB vai receber R$ R$ 1008,05, 6% a mais que no semestre passado. “Este percentual não acompanhou a evolução dos ganhos do banco, porque o número de funcionários cresceu também. Hoje temos um total de 86.646 bancários no BB, o que representa 2.895 empregados a mais que no semestre anterior”, comentou Marcel Barros, coordenador da Comissão. Além dos 4% do lucro líquido, o bancário também receberá 40% do salário e mais R$ 365 da parte fixa. “Nós pleiteamos que o valor fixo tenha um reajuste de 6%, que é o aumento conquistado na Campanha Nacional. O banco ficou de dar uma resposta amanhã (23)”, disse Marcel. Ele avisou que a Comissão de Empresa vai dar todas as orientações para os sindicatos nesta quinta-feira, para que sejam realizadas as assembléias para apreciar a PLR. PCS – A Comissão de Empresa conseguiu arrancar do banco a garantia de que participará do processo de elaboração do novo Plano de Cargos e Salários (PCS). Os representantes do BB ressaltaram que, embora seja um ato de gestão, a empresa vai estudar as reivindicações dos seus funcionários. Os representantes dos bancários já apresentaram as primeiras reivindicações, entre elas, a recomposição do piso, a revisão do anuênio, o acréscimo de uma letra para todos os cargos, o enquadramento da letra M e a ampliação no percentual dos interstícios. “O banco recebeu nossas reivindicações e se comprometeu a dar uma resposta na próxima rodada de negociações. Mas já adiantou uma questão: a letra M é uma verba de natureza salarial e vai ser corrigida em todas as Campanhas Nacionais”, detalhou Marcel. Cassi – Os bancários apresentaram uma notificação formal ao banco cobrando o cumprimento da cláusula 56 do Acordo Coletivo, em que o BB se compromete a apresentar um projeto de reestruturação para a Cassi. O banco disse que os estudos continuam em andamento, mas vai verificar a possibilidade de adiantar alguma coisa na próxima rodada. A data da nova negociação ainda não foi agendada, mas a Comissão de Empresa propôs que o encontro ocorresse no dia 8 de março. Ao final da rodada de negociação, os representantes dos bancários informaram ao BB que concordam com os termos da Comissão de Conciliação Prévia (CCP) proposta pelo banco e que vai o encontro do pretendido pelo movimento sindical. Isto permitirá que os sindicatos que concordarem com o termo instale em sua bases as CCPs.