A hora da greve chegou. Os bancários tentaram negociar, mas os patrões se mostraram irredutíveis e insistem em desrespeitar os trabalhadores, enrolando nas reuniões até a apresentar o índice rebaixado de 4,29% de reajuste salarial. A proposta não atende às necessidades da categoria, que está sendo obrigada a paralisar as atividades. Mas, o movimento só será vitorioso se os bancários aderirem em massa. Convidar os colegas para participar das assembléias, fechar a agência em que trabalha ou denunciar o assédio dos gestores para furar a greve são formas de colaborar para o êxito da campanha salarial e garantir conquistas. Você que ainda está no interior da agência, esta na hora de fazer uma reflexão, a greve foi aprovada por ampla maioria e o espírito democrático deve prevalecer. Não é justo que só seus companheiros façam a luta, pois os benefícios serão para todos, inclusive para você, pense nisso, participe da greve e fique de consciência tranqüila. O ano do aumento real Os trabalhadores devem garantir conquistas importantes este ano. Uma delas diz respeito ao aumento real. A expectativa é de que o reajuste seja o maior desde que o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) começou a série histórica, em 1996. No primeiro semestre, 97% das 290 negociações salariais do país garantiram reajustes iguais ou acima da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O desempenho é melhor do que em 2009, quando o percentual de negociações com reajustes iguais ou superiores ao índice foi de 93%. O bom momento para os trabalhadores brasileiros se deve, principalmente, pela conjuntura econômica favorável, com baixa inflação, maior oferta de postos de trabalho e a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 7,2%.