Bancários aprovam Minuta de Reivindicações
Em assembléia realizada no dia 29 de julho os bancários da rede privada, Banco do Brasil e Caixa Econômica aprovaram a Minuta de reivindicações da categoria 2009/2010. Agora o Comando Nacional vai entregar a Minuta para a Fenanban. Veja as principais reivindicações dos bancários. Reajuste salarial em 10% As consultas feitas pelos sindicatos de todo o Brasil foram a principal base para a decisão dos delegados bancários eleitos na reivindicação de 10% como índice de reajuste salarial e para as demais verbas (como vale-alimentação e refeição). O índice é composto por aumento real mais a reposição da inflação projetada para o período entre 1º de setembro de 2008 e 31 de agosto de 2009. “A Conferência fez valer a vontade do trabalhador e agora vamos iniciar a luta para arrancar dos banqueiros o justo aumento real nos nossos salários”, destaca a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira. PLR: três salários + R$ 3.850 A reivindicação que será levada aos banqueiros é o pagamento de três salários mais R$ 3.850 a título de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “Queremos tornar a distribuição da PLR mais justa para os bancários e com uma regra mais simplificada, que dificulte manobras contábeis que reduzam a participação dos trabalhadores no lucro dos bancos, que continua crescendo”, destaca Juvandia. Mais prioridades Os delegados bancários também definiram reivindicar o fim do assédio moral, a ampliação do auxílio-educação para todos, a licença-maternidade de seis meses, mais segurança nas agências e a regulamentação do Sistema Financeiro Nacional para que incentive o crédito e reduza os juros. PCCS para todos Criação de um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) para todos os bancos, com o acompanhamento dos sindicatos (veja detalhes no quadro). “O trabalhador tem direito a enxergar um futuro na sua carreira profissional e a criação do PCCS é fundamental para isso”, explica o presidente do Sindicato Luiz Cláudio Marcolino. Proposta de PCCS Reajuste Tempo de casa 1% a cada ano de trabalho 2% a cada cinco anos de trabalho Treinamento: os bancos são obrigados a treinar o trabalhador para a nova função por, no mínimo, 60 dias Seleção: para preencher uma nova vaga, o banco é obrigado a fazer um processo de seleção interna para preenchê-la. Com disponibilização da grade curricular necessária e oferecer curso aos trabalhadores dentro do expediente. Em caso de descomissionamento do bancário, a comissão será incorporada ao salário integralmente. Defesa do emprego Novas contratações, fim das terceirizações, garantia de emprego inclusive durante os processos de fusão, luta pela ratificação da Convenção 158 da OIT que proíbe dispensas imotivadas, acabar com as demissões por justa causa em função de endividamento, respeito à jornada de trabalho. Essas foram algumas das prioridades definidas pelos trabalhadores para garantir o emprego dos bancários. Remuneração total Contratação total da remuneração do bancário. Essa foi a decisão dos delegados na 11ª Conferência Nacional. “O papel primordial do Sindicato é lutar pelos empregos e salários dos bancários. E não podemos nos furtar a esse papel, temos de discutir a gestão da empresa, formular e contratar a renda total dos bancários. Queremos negociar com os bancos a remuneração variável que, a cada ano, compõe cada vez parcela maior do salário dos empregados dos bancos para colocar travas, limitar e acabar com a imposição de metas abusivas que atormentam e adoecem os trabalhadores”, afirmou Marcolino, ressaltando a luta pelo fim do assédio moral, conseqüência direta da cobrança por metas abusivas, como uma das principais reivindicações em 2009. Valorização dos pisos Os bancários querem a valorização dos salários de ingresso na categoria, com o piso salarial de escriturário baseado no salário mínimo do Dieese, de R$ 2.047 Piso salarial (em R$) Portaria 1.432 Escriturário 2.047 Caixa 2.763 1º Comissionado 3.477 1º Gerente 4.605