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22 de Dezembro de 2020 às 08:46

Aumento dos casos de Covid-19 leva sindicatos a cobrarem extensão do teletrabalho

O aumento no número de mortos e contaminados pela pandemia do novo coronavírus, levou o Comando Nacional dos Bancários, a reivindicar uma negociação de emergência com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

O encontro virtual aconteceu na segunda-feira (21). O acordo emergencial covid, assinado com a Fenaban, é válido até 31 de dezembro. Mas diante do aumento do número de casos, o Comando reivindicou a extensão do prazo.

A Fenaban se comprometeu a emitir um comunicado orientando os bancos a não convocar os bancários a retornar até que seja feita uma nova reunião para discutir o assunto, logo no início do ano.

O movimento sindical entende que as pessoas não estão em casa porque querem, mas por estarem enquadradas no grupo de risco. A disparada do número de contaminados e mortos fez crescer ainda mais a possibilidade de contágio por esta doença que pode ser fatal. Nesse sentido é fundamental a manutenção do isolamento social.

Os dados comprovam que o vírus tem se disseminado novamente e somente no domingo, dia 20, em apenas 24 horas, o Brasil registrou 678 mortes provocadas pela Covid-19, elevando o total de óbitos provocados pela doença para 186.365, segundo levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde do país. De acordo com o balanço de domingo, fechado às 20h, foram registrados 48.758 novos casos, chegando a 7.212.670 de infectados no país.

Banco de horas

Um assunto importante ligado à manutenção do trabalho à distância é o banco de horas negativo, válido para quem não está em home office. A situação é extremante delicada, pois estão acumulando horas negativas e reivindicamos que essas pessoas desenvolvam algum trabalho remoto.

Os representantes da Fenaban informaram que cada banco vai procurar as entidades sindicais para negociar. Garantiram que as horas negativas não serão usadas como artifício para o retorno ao trabalho e que “a discussão é para renovar os acordos.

Horário de atendimento

Outro ponto discutido por conta do aumento de casos de Covid foi a manutenção da redução do horário de atendimento das agências. A Fenaban alegou existir uma pressão em contrário por parte do Ministério Público, em função de denúncias acerca do atendimento, entretanto o movimento sindical questionou, lembrando que a qualidade caiu em função da política dos bancos de corte de custos com pessoal e agências físicas, mas que, agora, a redução do horário de atendimento tem de ser mantida para diminuir o tempo de exposição ao risco.

É importante destacar que o atendimento piorou em virtude do fechamento de várias agências e demissões, ocasionando sobrecarga de trabalho para quem ficou e reclamações dos clientes. Entendemos a importância da manutenção do funcionamento reduzido, ainda mais agora que chegamos a um patamar de contaminação e mortos igual ao de maio, ou seja, o número de infectados e mortes aumentou muito.

Vacina para todos

Sobre a vacinação, a luta do movimento sindical bancário é para que ela seja feita em massa. Porém, fica clara a posição do governo que sequer montou a estrutura de vacinação no país. Um governo que sempre tratou a pandemia como uma questão secundária, chamando-a de gripezinha e atacando irresponsavelmente o isolamento social.

O compromisso firmado foi uma discussão tripartite para avaliação dessa questão considerando categorias enquadradas como essenciais.

O ano finaliza com perspectivas de um cenário ainda difícil e na categoria foram 36 reuniões, negociações duríssimas que começaram no início do ano, a partir das Medidas Provisórias editadas pelo governo Bolsonaro que impactavam a categoria bancária, como a que autorizava a jornada de trabalho aos sábados.

Depois uma agenda de reuniões por conta pandemia, negociações sobre protocolos de prevenção, horário de funcionamento de agências, trabalho em home office. Em seguida, a campanha nacional, negociações sobre a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). E, agora, retomamos o debate acerca das medidas de segurança e protocolo de prevenção que estão na ordem do dia em virtude do aumento das contaminações e mortes pela Covid-19. Essas medidas são fundamentais na preservação da saúde e da vida.

*Com informações da contrafcut

 



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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