Assembléia nacional acontece nesta terça em São Paulo
Cerca de 2,5 mil pessoas estiveram reunidas no dia 31 de maio, em São Paulo, para a Assembléia de Movimentos Sociais onde foram definidas várias propostas para o país. Delegações de 20 estados estiveram no evento onde qualificaram a assembléia como um momento histórico. Foram realizadas assembléias em 20 estados para definir as propostas, segundo a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), organizadora do evento. Nesta terça-feira dia 1º de junho acontece a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, no estádio do Pacaembu, onde será definida a plataforma análoga, desta vez por centrais sindicais. Uma lista de 56 itens compõe a pauta dos movimentos. De redução do superávit primário e dos juros básicos da economia até a nacionalização da Petrobras, os itens abarcam até questões internacionais. Há críticas à política externa dos Estados Unidos e manifestação de solidariedade ao povo palestino, além de pedir o fim da prisão de Guantánamo. A assembléia dos movimentos repete um encontro realizado em 2006, quando uma plataforma unitária de propostas foi apresentada aos candidatos. Além dos projetos, o encontro foi voltado a definir um calendário de mobilização para garantir conquistas que "derrotaram o modelo neoliberal e decretaram o fim da Alca (Área de Livre Comércio das Américas)", conforme definiu João Paulo. Artur Henrique da Silva Santos, presidente da CUT, entende que a assembléia tem importância internacional em um contexto em que os reflexos da crise financeira internacional, que eclodiu em 2008 e 2009, ainda são percebidos em países como a Espanha, Grécia e Itália. "Precisamos mostrar ao mundo o que acontece em nosso continente, a América Latina, quando governos populares e democráticos promovem 'outro desenvolvimento'".