Ari Artuzi vira réu em processo que investiga quadrilha que fraudava licitações
Por sete votos a zero a Seção Criminal do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) acatou na manhã desta quarta-feira a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), que acusa 11 pessoas, entre as quais o prefeito de Dourados, Ari Artuzi, do PDT, por suposta ligação com uma quadrilha que fraudava licitações públicas, entre outros crimes. O MPE pediu, inclusive a prisão de Artuzi, mas essa solicitação não foi acatada. A audiência que incluiu Artuzi no rol dos réus havia sido suspensa duas semanas atrás porque o desembargador Dorival Moreira, pediu vistas do processo contra o prefeito. Até então, cinco desembargadores já haviam votado pela manutenção da denúncia. Hoje, Moreira também anunciou ter concordado com o MPE. Além de Artuzi, aparecem na lista dos denunciados políticos, empresários e servidores públicos. O presidente da Câmara dos Vereadores de Dourados, Sidlei Alves, do DEM, engrossa a relação dos investigados. O esquema de fraude foi desmantelado em junho do ano passado durante a operação Owari (ponto final em japonês), tocada pela Polícia Federal, investigação depois assumida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), braço do MPE. Na primeira investida, os policiais federais prenderam ao menos 40 pessoas, entre os quais empresários e servidores públicos, profissionais liberais, vereadores e os vice-prefeitos de Dourados e Ponta Porã. Hoje, ninguém está preso. O empresário Sizuo Uemera, um dos mais ricos de Dourados e filho Eduardo, seriam segundo a investigação, os líderes do bando. Os dois foram detidos durante a operação, mas foram postos em liberdade uma semana depois. Fonte: Midiamax Campo Grande