O aumento na freqüência das ondas de calor resultante das alterações climáticas, poderá triplicar os casos de infarto e doenças respiratórias até 2050. Isto é o que afirma o estudo intitulado “Saúde do Planeta, dos Lugares e das Pessoas”, realizado por treze pesquisadores e dirigido pelo professor Tony McMichael, da Universidade Nacional de Canberra, na Austrália. Segundo o estudo, com o aquecimento global – fenômeno causado principalmente pelo aumento de poluentes na atmosfera e pelo desmatamento e queimadas das florestas - haverá um crescente número de casos de vítimas de ataques cardíacos, além da multiplicação dos casos de asma, envenenamento por alimentos, enfermidades infecciosas, obesidade, diabetes e distúrbios mentais. Os pesquisadores assumiram que somente agora estão conseguindo reconhecer e apontar as repercussões do aquecimento global sobre a saúde humana. De acordo com um relatório apresentado pela Academia de Pediatria dos Estados Unidos nesta segunda-feira (29), as crianças serão as mais afetadas pelos efeitos do aquecimento global. Entre as enfermidades que mais afetarão as crianças, estão as doenças transmitidas por mosquitos, como a malária e a dengue, e as infecções virais, como a gripe aviária e a síndrome respiratória aguda grave.