São Paulo – O ABN Real cobra tarifas bancárias de seus funcionários, mas concede isenção para trabalhadores de outras companhias na barganha para conquistar novas empresas como clientes. A situação foi exposta, pelo Sindicato, aos bancários do ABN Real durante as manifestações realizadas na matriz do banco, na Avenida Paulista, e na agência da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio. “Enquanto a direção do banco ensaia uma resposta sobre deixar de cobrar tarifas dos seus funcionários, concede isenção para outros trabalhadores”, afirma Gutemberg de Oliveira, diretor da Fetec-SP/CUT. A direção do ABN Real assumiu compromisso com o Sindicato, em negociação do dia 22 de fevereiro, de apresentar até 11 de abril estudo sobre a proposta feita pelos dirigentes sindicais para que nenhum funcionário pague tarifas. De acordo com Gutemberg, há a estimativa de que por ano os bancários deixam o equivalente a 25% de um salário de caixa para o banco por meio de pagamento de tarifas. “Os bancários perdem poder de compra, os salários ficam menores. Com R$ 1,6 bilhão de lucro, o ABN Real tem total condição de atender à reivindicação dos bancários”, completa. Elisângela Cordeiro - 24/03/2006