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5 de Julho de 2010 às 23:59

A diretoria do BB, uma confraria de Superintendentes, desrespeita novamente a palavra dada

O autoritarismo dos executivos do BB está passando dos limites: depois de expurgarem pensamentos divergentes de suas práticas da direção da Cassi, Previ e algumas das vice-presidências do banco, nomeando seus compadrios, eles continuam desrespeitando o funcionalismo por meio da Diretoria de Gestão de Pessoas que não apresentou nada para o movimento sindical nos prazos empenhados ao final da campanha salarial de 2010. As datas limites foram vencendo e renovadas seguidamente, sem que acordos e promessas fossem cumpridos. Uma reunião está agendada para discutir o assunto no dia 14 de agosto, mas pelo andar da carruagem o descumprimento de prazos se estenderá mais ainda. Foi mais uma troca na presidência da Cassi, a terceira em três anos, o que, na avaliação da Contraf-CUT, demonstra a falta de seriedade do BB com a gestão da Caixa de Assistência dos Funcionários, responsável pela saúde de mais de 700 mil bancários da ativa e aposentados e seus familiares. A troca, além de provocar a descontinuidade administrativa, não resolveu os problemas do atendimento e no credenciamento, e emperrou de vez a implantação do Plano Odontológico. A Contraf-CUT também considerou um desrespeito com o funcionalismo a nomeação do novo presidente da Cassi, Hayton Jurema da Rocha, diretor de Gestão de Pessoas do BB no último período do governo FHC. Em maio, no momento em que os funcionários do Banco do Brasil escolhiam democraticamente parte dos diretores e conselheiros da Previ, o banco anuncia a troca do presidente e os diretores de Participação e de Investimentos, que lhe compete indicar para o fundo de pensão. O então presidente da Previ, Sérgio Rosa, concluía seu mandato no final de maio e não podia ser reconduzido, já os outros dois diretores tinham mandato até maio de 2012. A justificativa pública dada pelo banco para a demissão dos diretores foi sua troca por nomes “técnicos”, mas a gestão que terminava em maio de 2012 não podia ser questionada tecnicamente. PROMESSA NÃO CUMPRIDA Para que não haja dúvida do que a direção do banco afirmou, eis a transcrição literal: “Negociação Coletiva - PCS será debatido nos próximos meses - Durante as reuniões específicas, o Banco afirmou que fará a retomada da negociação para tratar o Plano de Cargos e Salários a partir de novembro e com prazo de definição para implantação até junho de 2010. Dentre outros temas serão discutidas as questões relativas à promoção por mérito, à jornada de seis horas,à sétima e oitava hora, etc...” Nos encontros que se sucederam em 2010, em nenhum momento o banco se pronunciou oficialmente sobre mudança do prazo. Mas o movimento sindical não ficou parado, reuniu seus dirigentes ainda em novembro de 2009, aprovou premissas, fez atividades em todos os meses para mobilizar o funcionalismo em torno do tema, e, por fim, aprovou no Congresso Nacional dos Funcionários do BB uma proposta unilateral que está sendo apresentada ao banco, devido à impossibilidade de construção conjunta de uma minuta de PCS para apreciação dos bancários e bancárias, no tempo prometido.



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