Preservar a memória é construir a história. É para resguardar essa história que no dia 20 de novembro, é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra. A data foi escolhida pelo Movimento Negro em contraposição ao 13 de maio, dia da abolição da escravatura, e é uma homenagem a Zumbi dos Palmares, considerado o maior líder negro do Brasil, assassinado há 312 anos. Manifestações, atos e passeatas estão previstas serão realizadas em todas as regiões do país. As cidades de Piracicaba, Campinas, Limeira, Ribeirão Preto, Hortolândia, Santa Bárbara do Oeste (SP), União dos Palmares (AL), Cuiabá (MT), Pelotas, Porto Alegre (RS), Macapá (AP) e o Estado do Rio de Janeiro instituíram o Dia da Consciência Negra como feriado. Em Dourados o Movimento Negro realiza uma série de atividades no Centro Desportivo Jorge Antônio Salomão. Homenagens a Zumbi dos Palmares História de resistência Zumbi nasceu livre, em Palmares, provavelmente em 1655, e, segundo historiadores, seria descendente do povo imbamgala ou jaga, de Angola. Ainda na infância, durante uma das tentativas de destruição do quilombo, ele foi raptado por soldados portugueses e teria sido dado ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo (hoje, Alagoas), que o batizou de Francisco e ensinou-lhe português e latim. Aos 10 anos tornou-se coroinha. Aos 20 anos, Zumbi destacou-se na luta contra os militares comandados pelo português Manuel Lopes. Nesses combates, chegou a ser ferido com um tiro na perna. Em 1692, o bandeirante paulista Domingo Jorge Velho, espécie de mercenário, comandou um ataque a Palmares e teve as tropas arrasadas. O quilombo foi sitiado e só capitulou em 6 de fevereiro de 1694, quando os portugueses invadem o principal núcleo de resistência, a Aldeia do Macaco. Morto posteriormente, Zumbi foi esquartejado e a cabeça levada a Olinda para ser exposta publicamente. Até hoje muitos acreditam que o líder quilombola é imortal.