11 de outubro feriado no MS
A criação do Estado de Mato Grosso do Sul é resultado de um longo movimento, com características sócio-econômicas, políticas e culturais que permearam sua formação histórica recente. De acordo com a historiadora Alisolete Antônia dos Santos Weingartner, o movimento divisionista pode ser dividido em quatro fases. De 1889 a 1930, o movimento tem início com as lutas coronelistas. No final do século XIX, os coronéis Jango Mascarenhas e João Caetano Teixeira Muzzi (chefes políticos do sul de Mato Grosso) e o advogado gaúcho Barros Cassal, refugiado das guerras políticas do Rio Grande do Sul, foram os que movimentaram as primeiras manifestações separatistas. Mas, perseguidos pelos adversários, Mascarenhas e Teixeira Muzzi asilaram-se no Paraguai e Barros Cassal foi assassinado em Nioaque. Sem líderes, a bandeira separatista caiu nas mãos de chefes armados, que se serviram dela para promover correrias e justificar depredações nas propriedades de adversários políticos. A progressiva adesão do povo sul-mato-grossense foi em conseqüência da política regionalista e discriminatória adotadas pelos dirigentes de Cuiabá em relação ao sul do Estado. De 1930 a 1945, a luta separatista chegou aos movimentos urbanos. A população começa a participar das discussões. "Ressalta-se que em 1934 o voto passou a ser universal, ou seja, o povo começou a votar. Daí a participação popular mais forte", explica a historiadora. A terceira fase seria de 1945 a 1964, época de Getúlio Vargas, da redemocratização. Foi nesse período que a maioria dos políticos abraçou a "causa divisionista" para ganhar votos. "No Sul do Estado estava o maior colégio eleitoral. Os interessados em se eleger tinham quase que, obrigatoriamente, defender a divisão", lembra Alisolete. E dessa forma, os grupos se fortaleceram e foram enfraquecidos em suas lutas pela divisão, até que, no período da ditadura militar, o general Ernesto Geisel foi empossado na Presidência da República e encaminhou o projeto de lei ao Congresso Nacional, propondo a criação de um novo Estado, que teria o nome de Campo Grande e a Capital teria o mesmo nome. Ao ser aprovada a lei pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República, em 11 de outubro do mesmo ano mudou-se o nome do estado para Mato Grosso do Sul. Decidiu-se que a capital seria a cidade de Campo Grande. Em março de 1978, o engenheiro Harry Amorim Costa foi nomeado pelo presidente para o cargo de governador do Estado. Em 1º de janeiro de 1979, foi instalado oficialmente o governo de Mato Grosso do Sul com a posse do governador Harry Amorim Costa, em sessão solene no Teatro Glauce Rocha e a presença do presidente Ernesto Geisel e seus ministros. No entanto, antes de um ano no cargo, Harry Amorim foi substituído por Marcelo Miranda. Este, por sua vez, foi demitido já em 1979 pelo presidente da República e substituído por Pedro Pedrossian, "de modo a promover maior entrosamento e unidade política no estado, com vistas às eleições de 1982". Contudo, nem a substituição nem as verbas liberadas em 1981 garantiram a vitória do governo nas eleições de 1982. Elegeu-se governador Wilson Barbosa Martins, ex-deputado federal cassado. A estimativa do IBGE para 2007 é de que Mato Grosso do Sul tenha 2.265.021 habitantes. O Estado está localizado no sul da região Centro-Oeste do Brasil e tem como limites Goiás (NE), Minas Gerais (L), Mato Grosso (N), Paraná (S), São Paulo (SE), Paraguai (O e S) e Bolívia (NO). Possui 78 municípios e a expectativa de vida da população chega a 73,5 anos, com um índice de mortalidade infantil de 18,5/mil nascimentos. Em 30 anos de existência, o Estado registra em sua história o nome de dez governadores: Harry Amorim Costa (Arena) e Londres Machado (Arena); Marcelo Miranda Soares (Arena) e Londres Machado (Arena); Pedro Pedrossian (PDS); Wilson Barbosa Martins (PMDB); Ramez Tebet (PMDB); Marcelo Miranda Soares (PMDB); Pedro Pedrossian (PTB); Wilson Barbosa Martins (PMDB); José Orcírio Miranda dos Santos (PT) e André Puccinelli (PMDB). Fonte: www.douradosagora.com.br