Mulher

8 de Abril de 2024 às 08:41

Sindicato faz denúncia à Ministra das Mulheres

Durante evento na sexta-feira (05) em Dourados, o sindicato denunciou a desigualdade salarial e o assédio moral praticado pelos bancos em desfavor das mulheres bancárias

A Ministra de Estado das Mulheres, Cida Gonçalves, cumpriu uma série de agendas na última sexta-feira (05) na cidade de Dourados, entre elas a inauguração da 2ª etapa da obra da sede própria da AAGD (Associação de Pais e Amigos dos Autistas da Grande Dourados); visita técnica no terreno onde será construída a Casa da Mulher Brasileira, além de participar da Audiência Pública “Políticas Públicas e Agenda de Estado para as Mulheres”, realizada no período da tarde na Câmara de Vereadores.

Denúncia do Sindicato

Durante o evento realizado na Câmara dos Vereadores, o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, representado pela Diretora de Políticas Sindicais, Ivanilde dos Santos Fidelis (a Fifi), pelo Presidente da entidade, Carlos Alberto Longo e pelo Diretor de Assuntos Jurídicos, João Batista dos Santos (o João Grandão), fizeram a entrega de um documento denunciando à Ministra Cida Gonçalves a política discriminatória a que são submetidas as bancárias brasileiras no que diz respeito à desigualdade salarial em relação aos seus colegas masculinos.

Na denúncia os sindicalistas destacam que, de acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), as mulheres bancárias recebem em média 22,2% menos que os homens bancários. E que esse cenário se agrava ainda mais para as mulheres negras, que enfrentam uma disparidade salarial de até 40,6% em relação aos homens brancos na mesma posição.

No documento, os dirigentes sindicais denunciam também que, além da desigualdade salarial, as mulheres bancárias enfrentam ainda o desafio do assédio moral no ambiente de trabalho, já que a política discriminatória dos bancos leva a um número reduzido de mulheres em cargos de liderança e gestão, tornando o mercado financeiro um terreno propício para práticas discriminatórias e abusivas.

Segundo a diretora Ivanilde Fidelis, “A Ministra foi muito receptível e se comprometeu em ler e analisar com carinho o documento para dar encaminhamento junto a seu ministério e a outros setores do governo federal para que possíveis medidas possam ser tomadas no sentido de corrigir essa distorção praticada pelos bancos no Brasil”.

Para o Presidente do Sindicato, Carlos Longo, “embora o movimento sindical bancário tenha um histórico de luta pela igualdade de gênero onde sempre um dos motes da campanha nacional dos bancários é a igualdade salarial, ainda estamos longe de atingir o objetivo, inclusive em relação aos cargos de gestão nos bancos, por isso é preciso, sempre que houver oportunidade, que se cobre as autoridades no sentido de corrigir essa inexplicável distorção”.

“Jamais podemos aceitar que uma mulher, que faz o mesmo trabalho de um homem, ganhe menos ou seja preterida na hora de uma ascensão profissional, mas infelizmente isso é o que ainda ocorre na maioria das empresas brasileiras. Não sendo diferente no setor financeiro”, finalizou Longo.

Confira abaixo a íntegra do documento entregue a ministra


Sindicato dos Bancários de Dourados e Região MS

 

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