Governo lança campanha para acabar com o feminicídio
De acordo com o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 1.467 mulheres morreram vítimas de feminicídio em 2023
A violência contra a mulher traz danos irreparáveis, muitas vezes vítimas fatais. No Brasil, a cada minuto, pelo menos uma medida protetiva é concedida pela Justiça. Nos últimos quatro anos, a média chegou a 500 mil por ano. Somente em 2023 foram 634,7 mil.
Diante da realidade preocupante, é positiva a campanha lançada pelo governo federal Feminicídio Zero - Nenhuma violência contra a mulher para envolver toda a sociedade.
De acordo com o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 1.467 mulheres morreram vítimas de feminicídio em 2023. É o maior número desde a sanção da lei que tipifica o crime, em 2015. Alta de 7,2% nas tentativas - 2.797 vítimas.
As agressões decorrentes de violência doméstica aumentaram 9,8%, e somaram 258.941 casos. Elevação ainda nos registros de ameaças (16,5%), perseguição/stalking (34,5%), violência psicológica (33,8%) e estupro (6,5%).
Índice de feminicídio em 2023
O estado com maior índice é o Mato Grosso, com 2,5 a cada 100 mil. Acre, Rondônia e Tocantins vêm na sequência, com 2,4 a cada 100 mil cada um. Os estados com índices mais baixos são Ceará (0,9 a cada 100 mil mulheres), São Paulo (1,0) e Amapá (1,1).
Importante frisar que a Lei Maria da Penha, que acaba de completar 18 anos, protege as mulheres vítimas de violência. As denúncias podem ser feitas ao Ligue 180, de forma anônima.
Fonte: Seeb-Bahia - Por Ana Beatriz Leal