Campanha salarial tem cláusula sobre assédio sexual
O assunto voltou a ganhar os holofotes após o escândalo envolvendo o ex-presidente da Caixa
A pauta de reivindicações da categoria bancária, que está em campanha salarial, inclui questão específica sobre assédio sexual. De acordo com a proposta, uma comissão bipartite, formada por representantes dos sindicatos e das empresas, seria a responsável por apurar as denúncias, com garantia de sigilo das vítimas.
O assunto voltou a ganhar os holofotes após o escândalo envolvendo o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, acusado de assediar sexualmente um grupo de empregadas.
O tema merece destaque. Dos cerca de 400 mil trabalhadores no setor financeiro em todo o Brasil, quase metade (49%) são mulheres. Vale lembrar que o movimento sindical garantiu na atual Convenção Coletiva de Trabalho da categoria cláusulas de combate à violência de gênero.
Entre as questões presentes nas cláusulas da CCT, há a possibilidade de realocação para outro setor do banco, além da determinação de que as empresas elaborem comunicados internos sobre modalidades de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Com o fim da ultratividade, a Convenção Coletiva perde a validade em 1º de setembro, data-base da categoria. Por isso, é importante garantir nesta campanha instrumentos que garantam a proteção das mulheres no mundo do trabalho.