Nem sempre o lado mais poderoso da história vence. O Banco do Brasil terá de pagar R$ 200 mil de indenização por danos morais ao ex-gerente de uma agência, em Dom Feliciano, em Porto Alegre. Em 2006, o funcionário foi sequestrado na porta de casa e mantido em cárcere privado. Os bandidos, que estavam disfarçados com uniformes da Polícia Militar, deixaram o refém no porta-malas do carro. Os criminosos queriam que o bancário abrisse o cofre da unidade, no entanto, como ele não tinha a chave, o dinheiro não foi levado. Por conta dos traumas psicológicos, o empregado teve de se aposentar. Na ocasião, o gerente alegou ter sofrido ameaça de morte e agressões físicas e verbais. Apesar de as instâncias anteriores terem sido favoráveis ao BB, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) reverteu as decisões. O entendimento do Tribunal é que as atividades exercidas na instituição financeira ofereciam risco ao bancário. Portanto, cabe a empresa responder pelos danos causados ao trabalhador.