Juridico

28 de Junho de 2012 às 00:00

Bancários do Ceará protestam contra assédio moral em agência do BB

O Sindicato dos Bancários do Ceará realizou nesta quarta-feira, dia 27, ato na agência do Banco do Brasil de Messejana, em Fortaleza, para denunciar a prática disseminada de assédio moral no local. A entidade irá formalizar a denúncia à Superintendência do banco e ao Ministério Público para que o quadro seja revertido. O estudo solicitado pelo Sindicato comprovou o que diziam as denúncias e apontou que mais de 40% dos funcionários da agência sofrem humilhações e agressões pelo menos uma vez por semana de seu superior imediato. O protesto contou também com a presença de diretores da entidade e integrantes do movimento sindical nacional. A pesquisa foi realizada em conjunto com a professora Regina Maciel, pesquisadora da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e especialista em distúrbios emocionais relacionados ao trabalho, como o assédio moral. O Sindicato encaminhará o resultado do levantamento aos órgãos competentes da instituição. "Os funcionários do BB não podem ficar reféns dessa política extremamente deletéria, desrespeitosa e humilhante que tem assolado a sua condição de saúde, principalmente na questão emocional. Com posse desse relatório, o banco ainda pode ter a oportunidade de tomar uma medida ética e coerente com os normativos da empresa", afirma Carlos Eduardo, acrescentando que o Sindicato também irá formalizar a denúncia junto ao Ministério Público. Há mais de um ano, o Sindicato apura e acumula denúncias de assédio moral na agência, mas os órgãos responsáveis pela questão não cumpriram o seu papel. "O Banco do Brasil, na figura do órgão da Gestão de Pessoas, da Superintendência de Varejo, da Diretoria de Varejo, da Gerência Regional de Varejo e da Gerência da própria agência não tiveram a capacidade, a competência e a habilidade de resolver o problema e garantir um ambiente saudável nas relações com o se funcionalismo. O cotidiano do bancário aqui é o cotidiano da tarja preta, do adoecimento, da humilhação e do desrespeito", denuncia Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Seeb/CE. O movimento sindical exige que o Banco do Brasil cumpra a lei, siga as normas internas e respeite o Acordo Coletivo de Trabalho, que garantem proteção e apuração nesses casos de assédio moral. "Estamos trazendo essa denúncia, com a presença do movimento sindical nacional e com a unidade dos bancários, para que a questão seja denunciada em Brasília, na Direção Geral do Banco do Brasil também", finaliza o presidente Carlos Eduardo. Fonte: Seeb/CE



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