Reunião sobre o Saúde Caixa termina em impasse
Na negociação por videoconferência, realizada nesta sexta-feira (21/08), a CEE (Comissão Executiva dos Empregados) rejeitou as propostas da Caixa para a mudança no plano de saúde. Na última quarta-feira (19/08), o banco apresentou seis propostas que alteram o atual modelo de custeio e todos afetam fortemente o valor do pagamento, onerando os trabalhadores.
O banco propõe a individualização por faixa etária, alegando a sustentabilidade do Saúde Caixa. A Comissão dos Empregados nega. O posicionamento da CEE é de que o atual modelo é sustentável e garante o pacto intergeracional, o mutualismo e a solidariedade. O teto de gastos colocado pelo banco “é prejudicial aos empregados, que lutam todo dia para construir a empresa. Por isso a rejeição das propostas, por não contemplar todo o quadro de pessoal” reforçou a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.
O teto de gasto é de 6,5%. O valor foi apresentado pela Caixa com a justifica de que seria fundamental para a manutenção da competitividade no sistema financeiro. Na reunião anterior, direção do banco avaliou que para atender a CPC 33, o Estatuto da empresa, as resoluções da CGPAR e as demandas de usuários seria necessária uma cobrança individualizada dos mutuários.
Atualmente, o custo do Saúde Caixa é divido igualmente para todos os beneficiários. São 70% do valor custeado pela empresa e o restante pago pelos trabalhadores. O modelo permite que todos os empregados tenham condições de pagar, de forma solidária com todas as faixas etárias e salariais.
Pela proposta da empresa os aposentados ficam prejudicados. O banco não apresenta dados. Faltam informações para uma avaliação mais precisa por parte da CEE. A Caixa também classifica o modelo atual de 70/30 como defasado e alega que incluir o teto de 6,5% é incompatível. Para o banco, o modelo mais viável é a proposta 1. Tem mais, a empresa condiciona a entrada de novos empregados ao Saúde Caixa à aceitação da CEE à individualização do plano.
A Caixa está jogando para dividir a categoria e fazendo chantagem de que só inclui os novos se aceitarmos a individualização, o que torna o plano inviável para os colegas mais antigos, com dependentes e os aposentados. Estamos nos matando de trabalhar e a recompensa é esta.
Uma nova rodada de negociação ficou combinada para segunda-feira (24/08), em horário ainda a ser definido.
Contratação
Após reivindicação da Comissão de Empregados, a Caixa sinalizou que está sendo estudada a contratação de mais empregados. A situação está sendo analisada pela Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais).
Confira as propostas apresentadas pela Caixa