Novo estatuto Funcef quebra paridade em diretoria
Com o desequilíbrio, o banco não vai precisar nem do voto de minerva nas decisões, já que os representantes serão maioria por três anos
A representação dos participantes da Funcef está totalmente enfraquecida com o novo estatuto. Através das mudanças que foram implantadas, os diretores indicados pela Caixa, que é a patrocinadora, garantiram maioria na diretoria até 2025, ampliando o poder dentro da Fundação.
Dentre as mudanças, também foi reduzido as diretorias executivas, de seis para quatro, e a alternância dos mandatos dos diretores, com substituição de metade dos integrantes a cada dois anos. As regras passam a valer na eleição deste ano.
Serão respeitados os mandatos em curso até 11 de agosto de 2021, data da publicação do ato de aprovação da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar). Um ponto contundente diz respeito aos mandatos dos diretores eleitos pelos participantes que começaram em 2018 e terminam neste ano.
Já os indicados pela patrocinadora, na diretoria de Participações (Dipar) e Investimentos (Dirin), foram empossados em maio do ano passado. Assim, com o mandato de quatro anos, os indicados pela Caixa serão maioria até 2025. A ação é um desrespeito ao próprio estatuto, que garante paridade entre indicados e eleitos.
Com o desequilíbrio, o banco não vai precisar nem do voto de minerva nas decisões, já que os representantes serão maioria por três anos. A decisão extingue a possibilidade de voz igualitária nas decisões, conquistada com muita luta pelos participantes.