Caixa Federal

4 de Abril de 2017 às 14:19

Marcado reunião para Caixa explicar balanço 2016

O funcionários da Caixa Econômica representados pela Contraf-CUT e Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), se reúne com o banco nesta sexta-feira (7), em Brasília, para cobrar da Caixa que explique os números apresentados na semana passada sobre o lucro líquido de R$ 4,1 bilhões no ano passado. Trata-se de queda de 41,8% em relação a 2015. Em setembro, quando o lucro acumulado era de R$ 3,4 bilhões, projetava-se fechar o ano com quase R$ 7 bilhões. Mas no balanço anual mostra melhoria do resultado operacional do banco, com crescimento de 271,7%. Esse desempenho decorreu dos bons resultados das receitas com operações de crédito, Títulos e Valores Mobiliários (TVM) e prestação de serviços, além disso houve queda no índice de inadimplência.

Análise feita pelo Dieese, a partir do balanço divulgado, observa ainda que o desempenho operacional do banco mostra que a queda no lucro (líquido e recorrente de R$ 298 milhões) foi um resultado contábil decorrente da baixa utilização de créditos tributários, fato observado em todos os maiores bancos brasileiros.

Como a primeira parcela da PLR de 60% do total a ser recebido foi calculada com base no lucro estimado de R$ 6,7 bilhões, Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa, ressalta que o banco deve explicações sobre o cálculo da PLR, paga pelo banco na quinta-feira (30).

Caberia ao banco fazer o pagamento da diferença da PLR em cima do resultado operacional, que teve um aumento de 271,7%, tendo em vista que são os esforços dos trabalhadores que geram estes resultados. O lucro divulgado foi muito abaixo do projeto e a Caixa precisa explicar o que aconteceu e os bancários vão cobrar o banco.

Desmonte

Além de apresentar resultados bem diferentes das projeções anunciadas no ano passado, o presidente da instituição, Gilberto Occhi, disse, durante divulgação do balanço, que cerca de 100 a 120 unidades deficitárias passarão por uma "intervenção" neste ano. Segundo ele, as alternativas são fechamento, fusão, diminuição de estrutura ou remanejamento para outro local. Occhi revelou ainda que o processo deve ser iniciado ao fim do processo de demissão voluntária (PDV), no qual ele calcula a adesão de 5 mil funcionários.

Na reunião com a Caixa também vamos contestar o claro desmonte do banco, que está sendo colocado em prática neste governo golpista de Temer. A nossa resistência deve priorizar a defesa da Caixa 100% pública e intensificar ainda mais a luta contra as demissões arbitrárias e contra o fechamento de postos de trabalho.

Outro ponto a ser discuti será o modelo de custeio do Saúde Caixa que vai até 2018 e a empresa não pode fazer nenhum alteração até lá.

A reunião marcada com o banco também irá discutir a implementação urgente das alterações discutidas no RH 184, PSI (banco de oportunidades será suspenso dia 9 de abril para auxiliar, assistente, supervisor) e questões sobre o instrumento de combate ao assédio moral.



Diretoria

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Secretario Geral
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Suplente
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Suplente
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Suplente

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