Justiça mantém liminar que suspende o início da reestruturação na Caixa
A Caixa Econômica, recorreu, mas a Justiça manteve a liminar que estabeleceu a suspensão da reestruturação pretendida pelo banco, propiciando mais prazo para que o tema seja discutido e esclarecido aos empregados. A liminar havia sido concedida a pedido da Contraf-CUT e sua nulidade foi indeferida nesta sexta-feira, 14 de fevereiro, pelo juiz Antonio Umberto de Souza Júnior, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região do Distrito Federal.
Na sentença, o magistrado esclarece que não vislumbra “motivo para modificar a decisão prolatada” porque a imposição de prazo razoável (para a reestruturação) serviu ao propósito de assegurar “tranquilidade, pleno conhecimento e consciência” aos trabalhadores.
Para a representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) do banco, Rita Serrano, é sensato e necessário o estabelecimento dessa pausa, pois há grande insegurança em relação às mudanças propostas para o setor de Varejo.
“A CAIXA tentou implantar essas alterações de forma açodada, sem o devido tempo para questionamentos e esclarecimentos de dúvidas. Compreender o que vai ocorrer é fundamental para cada empregado, assim como é importante para os parceiros do banco, porque todos serão impactados. A CAIXA está presente no desenvolvimento das cidades, regiões, em todo o país, e na vida dos brasileiros, com seus programas sociais e aqueles voltados especificamente aos trabalhadores”, destacou Rita.
De acordo com a conselheira, o tema ainda não foi objeto de discussão no CA. “Quando isso ocorrer, defenderei os direitos dos empregados, uma rede de varejo que respeite o papel da CAIXA no desenvolvimento dos municípios e a qualidade de atendimento aos clientes”, antecipa, acrescentando que já se divulga na mídia novo PDV na CAIXA, o que, se de fato ocorrer, trará como consequência a ampliação dos problemas causados pela falta de mão de obra na instituição.
A liminar obtida pela Contraf-CUT também respalda a necessidade de negociação com os sindicatos, que é garantida no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com o banco.
Na última semana, várias manifestações em defesa do banco público e de seus empregados foram realizadas em todo o pais com ato em frente as agencias e com os empregados indo ao trabalho de preto em protesto, contra a politica do banco.
Em Dourados o Sindicato percorreu as agencias, conversou com os funcionários, e realizou reuniões nos locais de trabalho.
* Com informações da contraf