Caixa tem lucro semestral histórico e não paga PLR
A Caixa atingiu o maior lucro líquido semestral da série histórica do banco. De janeiro a junho de 2017 o lucro da instituição financeira foi de R$ 4,1 bilhões. Esse valor corresponde a um crescimento de 69,2% em relação ao mesmo período do ano passado. No segundo trimestre o lucro líquido foi de R$ 2,6 bilhões, um avanço de 62,8% em 12 meses e de 73,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2017.
Trata-se de um lucro construído por quem sempre produziu todos os lucros recordes da Caixa. Foi construído a base do adoecimento e da sobrecarga dos empregados, da retirada de direitos, como o que a Caixa está tentando fazer ao alterar a jornada de trabalho de rígida para flexível para não pagar horas extras. Foi construído a base da completa falta de diálogo desse governo com os trabalhadores e trabalhadoras do banco e da exploração de clientes que pagam altas tarifas. É preciso denunciar estes problemas e exigir mais respeito com quem de fato construiu estes 4,1 bilhões, que são os trabalhadores e clientes.
A sobrecarga e a exploração dos trabalhadores e trabalhadoras do banco, tem como uma de suas explicações o número cada vez mais reduzido de bancários e bancárias para atender à grande demanda de trabalho nas agências. Isso fica evidente nos próprios dados divulgados pela Caixa. Eles apontam que mesmo com o lucro histórico, houve redução de 5.486 empregados no primeiro semestre de 2016.
Esse recorde histórico é uma prova de que a Caixa precisa continuar 100% pública, pois tem total condição de prosseguir executando suas políticas públicas de desenvolvimento social e econômico para a população. A divulgação desses dados é importante principalmente num período em que há um grave desmonte desse papel. É também uma prova clara de que a cobrança excessiva para entrega da ‘cota parte’ com os empregados não passa na verdade de um assédio moral institucionalizado grave.
Pagamento da PLR
Em relação à primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a Caixa não informou quando será feito o pagamento. De acordo com o ACT 2016-2018, o banco tem até o dia 30 de setembro para realizá-lo. A Contraf enviou ofícios solicitando a antecipação do crédito, mas não obteve qualquer resposta da direção da Caixa.
Com informações da Fenae