Caixa Federal

9 de Janeiro de 2025 às 09:27

Caixa comemora 164 anos no próximo domingo (12)

Banco público é o principal agente de execução dos programas de benefícios sociais do

A Caixa Econômica Federal completa 164 anos no próximo domingo, dia 12 de janeiro. “O banco faz parte da vida de todo brasileiro. É o responsável pelo pagamento do FGTS, do Bolsa Família, do Seguro Desemprego, do abono salarial, faz a gestão das Loterias, do Minha Casa, Minha Vida, e de tantos outros programas de benefícios sociais do Governo Federal”, observou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.

“E somos nós, empregadas e empregados da Caixa, que atendemos toda essa população. Fomos nós, que durante a pandemia de covid, nas enchentes do Rio Grande do Sul, e em tantos outros momentos de tragédia, e também em momentos de alegria, estivemos e sempre estaremos lado a lado com a população. Somos nós que fazemos com que a Caixa seja chamada de ‘o banco do povo brasileiro’. E temos muito orgulho disso”, completou a empregada da Caixa e secretária de Formação da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

Em novembro, a Caixa divulgou seu balanço dos nove primeiros meses de 2024. Entre janeiro e setembro de 2024, o banco pagou R$ 310,5 bilhões em benefícios sociais. Foram atendidas 22,3 milhões de famílias pelo Programa Bolsa Família, com R$ 121,8 bi pagos no período. É o maior programa de benefícios do governo federal. Outros R$ 115 bi foram pagos com benefícios do INSS, R$ 40,1 bi de Seguro Desemprego, R$ 24,5 bi de Abono Salarial e R$ 9,1 bi de outros benefícios. Além disso, em julho de 2024, a Caixa era a responsável por 70% dos financiamentos imobiliários do país.

Defesa da Caixa e de sua atuação

Rafael explica que a Caixa foi criada em 1861 para atender o povo brasileiro, para fazer o que os outros bancos não faziam e não fazem. “A importância da Caixa é enorme para nosso país. É o único banco de atendimento ao público controlado pelo Governo Federal que atua em todo o território nacional. Seu papel de fomento ao desenvolvimento e de controle da economia é essencial”, disse. “Mas, apesar de ter retomado esse caráter nos últimos dois anos, passou por pelo menos cinco anos de sucateamento e mudança de perfil. A venda dos segmentos mais lucrativos para a iniciativa privada prejudicou a captação de recursos que contribuíam muito para o acúmulo de capital para empréstimo. Com a falta de capital, a Caixa perdeu terreno para a concorrência”, completou.

“Não é da noite para o dia que a gente consegue mudar algumas coisas, mas precisamos ser ágeis na correção dos rumos para que no aniversário da Caixa do ano que vem, a gente possa comemorar o retorno de milhões de clientes que evadiram do banco, seja por essa falta de recursos, seja pelo atraso tecnológico. Que a Caixa enxergue que investir em qualidade de atendimento e na valorização de seus empregados é transformar a empresa em um ambiente saudável, que as pessoas querem estar para fazer negócio”, continuou o coordenador da CEE/Caixa.

Lucro e valorização

Dados de um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que, mesmo realizando essa enormidade de atendimentos sociais, que os bancos privados não realizam por considera-los pouco rentáveis, a Caixa foi o banco, entre os cinco maiores (Caixa, BB, Itaú, Bradesco e Santander), com o segundo maior crescimento do lucro (+21,6%), na comparação com o mesmo período do ano passado.

“É uma pena que nem sempre as empregadas e os empregados são valorizados por tudo o que fazem pelo banco e pelo país. Ao contrário, muitas vezes sofrem assédio e cobranças abusivas pelo cumprimento de metas. Também são atingidos pela sobrecarga de trabalho e pelos constantes problemas nos sistemas, devido aos equipamentos ultrapassados”, lamentou o Eliana Brasil.

Entre o final de 2014 e setembro de 2024, houve uma redução de 18% do quadro de pessoal da Caixa. Em números absolutos a queda foi de 101.500 empregas no final de 2014 para 83.640 em setembro de 2024. Uma redução de 17.860 postos de trabalho.

Nestes mesmos 10 anos, a Caixa teve um aumento de 75 milhões de clientes (78.318 em 2014 para 153.196 em setembro de 2014), o que representa um aumento de 96%.

Com isso, o número de clientes por empregado cresceu 137% (772 em 2014 para 1.832 em setembro de 2024).

“Somos comprometidos, amamos o que fazemos e o público que atendemos. Mas, não somos ‘guerreiros’, nem ‘heróis do cinema’. Somos seres humanos, precisamos de descanso, lazer, nos mantermos atualizados e sermos valorizados para conseguir ter saúde física e mental e pagar os boletos que chegam mês a mês nas nossas casas”, concluiu Rafael de Castro.

Fonte: Contraf-CUT



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