Os representantes dos empregados da Caixa estiveram reunidos nesta terça-feira (26/03) com a direção da Caixa onde cobrou respostas sobre as demandas apresentadas pelo movimento sindical.

Durante a reunião, Pedro Guimarães se comprometeu, por exemplo, a manter a mesa permanente de negociação e da negociação coletiva.

Com relação à privatização do banco, o presidente da Caixa disse que a decisão de abrir o capital é do governo e que ele apenas está executando. Assim, o banco vai repassar para a iniciativa privada as áreas de maior rentabilidade, como a de cartões, a de seguros e a de loterias. A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, deixou claro que defendemos a Caixa 100% pública. Seja a venda ou abertura de capital, ambas são prejudiciais, pois o foco passa a ser o lucro e não o papel social.

A contratação de mais empregados também esteve em pauta, a começar pelos aprovados no concurso público de 2014. O presidente do banco afirmou que tem autorização do governo para contratar, sendo a única empresa pública a conseguir essa autorização. A ordem é para manter os 87 mil empregados, que hoje está em 84 mil.

A Contraf-CUT é assistente de acusação na Ação Civil Pública, movida pelo Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal, que determina a prorrogação por tempo indefinido da validade do concurso, permitindo que o banco contrate os aprovados. Em fevereiro, o banco já havia dito que tem a intenção de repor a força de trabalho da empresa com novas contratações, respeitando o concurso público. Ainda na questão de pessoal, a Contraf-CUT cobrou que haja critérios claros e objetivos para as promoções e descomissionamento de empregados.

O presidente da Caixa ainda revelou que pretende realizar um Plano de Demissão Voluntária, para os bancários que já estão aposentados e que terão idade de aposentadoria, por exemplo, se demitam voluntariamente.

Sobre as manobras no balanço da Caixa que afetaria o lucro do banco e a Participação nos Lucros e Resultados, Pedro Guimarães não confirmou as informações e disse que o balanço será divulgado até sexta-feira. Depois, deve ser paga a PLR dos empregados, por isso é importante que o funcionalismo esteja atento para essas questões.

Em relação aos descomissionamentos, Pedro Guimarães disse que o processo acontece com tranquilidade, sem queixas. Mas, os sindicatos cobraram que os processos seletivos internos e os descomissionamentos tenham critérios transparentes e objetivos.

Apesar de confirmar o fechamento de agências, o presidente disse que algumas unidades serão inauguradas, em atendimento à reivindicação do movimento sindical, sobre a importância da presença da Caixa em bairros distantes ou cidades pequenas. Também serão abertas 7 mil novas lotéricas no país.