Assédio moral coletivo da Caixa vira denúncia no MPT
Durante o evento, os empregados ainda foram expostos em situação constrangedora e vexatória, inclusive quando foram obrigados a fazer flexões para toda a plateia
É inadmissível o comportamento da Caixa. De acordo com a própria direção, para participar do evento “Nação Caixa 2021”, o banco utilizou critérios baseados em meritocracia, distinguindo milhares de funcionários. A prática é proibida pela CCT (Convenção Coletiva do Trabalho). Por isso, a representação dos trabalhadores ingressou com uma queixa no MPT (Ministério Público do Trabalho) por assédio moral coletivo contra a empresa.
O evento, que reuniu empregados, empresários lotéricos e correspondentes do banco, estabeleceu uma forma de ranking, escolhendo somente os trabalhadores que se destacaram em 2021. A prática desrespeita os direitos dos trabalhadores, firmados pela CCT, a Convenção nº 190 da OIT e princípios constitucionais.
Vale ressaltar que a Caixa é uma empresa pública e deve resguardar os princípios da administração pública, principalmente a legalidade, impessoalidade e eficiência. Sendo assim, o banco não poderia favorecer uns empregados, em detrimento de outros, sem ao mínimo demonstrar critérios objetivos para a seleção.
Durante o evento, os empregados ainda foram expostos em situação constrangedora e vexatória, inclusive quando foram obrigados a fazer flexões para toda a plateia. Cena aconteceu durante uma festa de fim de ano da instituição em um hotel nesta terça-feira (14) e repercutiu nos meios de comunicação e viralizou nas redes sociais. Evento reuniu cerca de 350 dos principais executivos do banco, além de lotéricos.
Clique aqui e veja matéria do G1 sobre o assunto com o título: Presidente da Caixa coloca funcionários para fazer flexões em evento em Atibaia, SP