Santander lucra R$ 3,664 bi no 3º trimestre às custas da saúde dos funcionários
Por meio de terceirizações irregulares de bancários, demissões, fechamento de agências e assédio por metas, a margem financeira atingiu R$ 15,2 bilhões, um aumento de 15,8% na base anual
O Santander reportou lucro líquido gerencial de R$ 3,664 bilhões no terceiro trimestre de 2024 (1T24), montante 34,3% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2023 e aos R$ 3,5 bilhões previstos pelo consenso LSEG, informou o banco nesta manhã de terça-feira (29). Já o lucro societário foi de R$ 3,548 bilhões.
Todas as cifras se devem ao árduo trabalho dos funcionários, que estão adoecendo. Enfrentam as demissões, a sobrecarga de trabalho e pressão por metas e práticas antissindicais. O Santander intensifica o processo de terceirização e pejotização utilizando outras empresas do conglomerado. O banco quer impor a redução média dos salários e retirar os direitos dos bancários previstos na nossa Convenção Coletiva de Trabalho através da terceirização.
A margem financeira bruta, por sua vez, atingiu R$ 15,2 bilhões, um aumento de 15,8% na base anual. Já a margem com clientes foi de R$ 14,902 bilhões, incremento de 8% na comparação ano a ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE), um importante indicador de lucratividade, subiu 3,9 pontos porcentuais em um ano, para 17%. As provisões com devedores duvidosos (PDDs) somaram R$ 5,884 bilhões.
Enquanto isso, a receita total totalizou R$ 20,561 bilhões, um incremento de 15,1% em relação ao 3T23. Os ativos totais somaram R$ 1,285 trilhões em setembro de 2024, crescimento de 10,6%, refletindo a expansão da carteira de crédito e de títulos e valores mobiliários. A carteira de crédito totalizou R$ 535,958 bilhões no 3T24, um aumento de 10,6% na comparação ano a ano.
Fonte: Seeb-Santos