Santander impõe nova Lei Trabalhista e prejudica funcionalismo
A Comissão de Organização dos Empregados se retirou da reunião com os representantes do Santander nesta quarta-feira 13/12, quando dirigentes sindicais foram cobrar do banco a revogação de medidas adotadas pela empresa sem nenhuma negociação.
O banco está implementando a reforma trabalhista de Michel Temer e isso vai afetar diretamente os bancários do Santander. Sem qualquer negociação com os trabalhadores, o banco está impondo mudanças no acordo de horas extras e no fracionamento das férias. A nova lei permite a negociação direta entre empresa e trabalhador nesses dois temas, em uma correlação desigual de poder, na qual o empregador pode impor sua vontade sobre a prerrogativa de demitir o empregado caso não aceite os termos.
O banco também anunciou que a partir de março o salário passará a ser creditado no dia 30 e não mais no dia 20. E o décimo terceiro, que era pago em março e novembro, passará para os meses de maio e dezembro.
Na mesma reunião, os dirigentes sindicais reforçaram a enorme indignação causada entre os trabalhadores por causa do reajuste de 20% nos planos de saúde e do aumento na coparticipação das consultas e procedimentos médicos.
A reforma trabalhista atingiu em cheio os bancários do Santander. Nos últimos dias, o banco dispensou 170 funcionários. Antes vedada pelos tribunais trabalhistas, a demissão em massa sem negociação prévia com o
Antes de se retirar do encontro, a COE entregou um documento ao banco, em que manifesta repúdio à atitude do Santander de implementar, unilateralmente, banco de horas, reajuste no plano de saúde e alteração na data de pagamento aos funcionários.