Após pressão, Santander começa a cumprir reintegrações
Na maioria dos processos, os trabalhadores tinham estabilidade por doença ocupacional no momento da demissão
Após meses de luta do movimento sindical, o Santander começa a cumprir as decisões judiciais de reintegração dos trabalhadores demitidos. Foram movidas diversas ações que possuíam liminar favorável aos funcionários, inclusive com multa diária pelo descumprimento, mas que o banco não cumpriu.
Na maioria dos processos, os trabalhadores tinham estabilidade por doença ocupacional no momento da demissão. Em outros, a espera para voltar ao trabalho já passava de dois anos. Mas, o Santander adotou uma postura intransigente, desafiando a Justiça brasileira.
O descumprimento do Santander foi objeto de pronunciamento da deputada federal Alice Portugal, nesta quarta-feira (28/06), no plenário da Câmara dos Deputados. "Faço meu protesto em nome dos bancários. Gostaria de citar um caso na Bahia de uma funcionária grávida e sem plano de saúde que o banco não cumpriu decisão judicial de reintegração. Esse caso se junta a outros no Estado e no Brasil, a maioria de maneira desafiadora à Justiça".
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O Sindicato dos Bancários da Bahia e a Feeb (Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe) realizaram diversas reuniões com advogados sobre o assunto, emitiu moção de repúdio na Conferência Interestadual da Bahia e Sergipe, no Encontro dos Funcionários do Santander e na Conferência Nacional dos Bancários. Inclusive, a nota foi enviada à sede do banco na Espanha, tornando a denúncia internacional sobre o desrespeito que acontece no Brasil.
Com as reintegrações, os trabalhadores esperam que seja mantido o respeito sobre as decisões judiciais. O Sindicato acompanha os casos e segue na luta para que o direito da categoria seja garantido e que nenhuma ação arbitrária prevaleça.
Fonte: Seeb-Bahia