Após cobrança dos sindicatos, Mercantil recua em relação à meta de PLR
COE solicitará que BMB formalize proposta de PLR para ser analisada em assembleia
Foi realizada nesta quarta-feira, dia 21 de junho, reunião entre a Comissão de Organização dos Empregados do Mercantil (COEBMB) e direção do banco para tratar do programa próprio de PLR 2023. Após cobranças dos sindicatos sobre o aumento expressivo das metas de lucro para 2023, o banco recuou e aceitou reduzir a meta do Mercantil de R$ 330 milhões para R$ 300 milhões. Outro avanço conquistado foi a alteração no quadro de múltiplos salariais, aumentando a possibilidade de distribuição mínima de 2 salários para os cargos de agente de atendimento, supervisor administrativo de agência, caixa, staff e demais cargos em caso de cumprimento das regras do programa próprio.
Na reunião, os trabalhadores questionaram a direção do banco sobre a margem financeira líquida, que não era prevista nos acordos anteriores. Segundo o Mercantil, este indicador para medir a diferença entre rendimentos gerados por ativos e custos é mais uma possibilidade de ganho para os funcionários, posto que a meta de 19% para realização já está praticamente batida em 2023.
Outra reivindicação foi a redução do gatilho para o cumprimento da meta de 80% para 70% do realizado, porém o Mercantil não aceitou o pleito dos funcionários. Já sobre a meta do Mercantil de Investimentos, a direção argumentou que não é possível alterar o objetivo de R$ 7 milhões, pois ele está dentro da realidade devido à especificidade de atuação da empresa.
Pela regra dos acordos próprios de PLR, nenhum funcionário poderá receber valores menores que os estipulados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.
COE solicitará que BMB formalize proposta de PLR para ser analisada em assembleia
A Comissão de Organização dos Empregados (COEBMB) avaliou, nesta quinta-feira (22) as propostas apresentadas pelo banco para o programa próprio de PLR do Mercantil e do Mercantil de Investimentos, após o banco aceitar reduzir a meta de lucro e ajustar o quadro de múltiplos salariais.
A COE solicitará que o banco formalize a proposta com as alterações conquistadas na negociação e posteriormente a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) organizará os trâmites legais para a convocação das assembleias para que as funcionárias e funcionários do Mercantil dos sindicatos filiados à Confederação, deliberem sobre a proposta.
“Depois que o banco formalizar a proposta e as assembleias forem convocadas, divulgaremos as datas para que todos possam participar e votar, democraticamente, favoráveis ou contra o acordo”, disse o coordenador da COE/BMB, Marco Aurélio Alves.
Em caso de aprovação e cumprimento das metas estabelecidas, o banco deverá pagar a primeira parcela da PLR até o dia 30 de setembro, e a segunda parcela até 1º de março de 2024, conforme previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.
Fonte: Contraf-CUT, com informações do Seeb/BH