Trabalhadores do Itaú realizam protestos em várias cidades do país
Dia Nacional de Luta: categoria distribui material informativo contra exploração, demissões e fechamento de agências
Nesta terça-feira (8), a categoria bancária realizou o Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores do Itaú contra o fechamento de agências, adoecimento mental e precarização do emprego no setor. Em várias cidades, os funcionários conseguiram retardar a abertura de agências.
"Mesmo com lucros bilionários - no primeiro trimestre deste ano foram mais de R$ 11 bilhões - o Itaú continua fechando agências, demitindo, sobrecarregando funcionários e, ao contrário das propagandas que faz, ignora sua responsabilidade social", ressaltou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Valeska Pincovai. “O lucro do Itaú só é possível graças ao trabalho dos bancários, que infelizmente continuam sendo vítimas de pressão e assédio moral nas agências e departamentos. Cada vez mais os números revelam uma realidade alarmante: o crescimento dos afastamentos por doenças psíquicas, causadas por metas abusivas, sobrecarga e insegurança", completou a dirigente.
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Material informativo
A categoria aproveitou o dia nacional de mobilização para entregar para funcionários e clientes do banco um material informativo, com denúncias sobre o aumento da precarização, fechamento de agências e reivindicações do movimento sindical.
Em Dourados-MS o Sindicato realizou a manifestação em frente a Agência do Itaú que fica na região central da cidade. Com carro de som, faixas e cartazes os diretores da entidade também protestaram e denunciaram as demissões, assédio e adoecimento de funcionários.
Nos últimos 12 meses, o Itaú fechou 222 agências que atendiam cerca de 1,4 milhão de clientes que foram realocados para outras unidades. "O resultado é superlotação nas agências restantes: ruim para os clientes e para os funcionários, que, se não são demitidos, sofrem com a sobrecarga, realocações forçadas e metas abusivas pelo crescimento das demandas de trabalho. Diante desse quadro, estamos registrando o crescimento dos afastamentos por doenças psíquicas", conta Valeska Pincovai.
O movimento sindical bancário também apresentou, durante os protestos, as seguintes reivindicações ao Itaú:
- Fim das metas abusivas e das realocações forçadas;
- Contratação de mais trabalhadores;
- Reabertura de agências essenciais;
- Transparência no programa GERA; e
- Segurança e dignidade para quem trabalha.
"Nossas reivindicações são claras: que o banco reavalie os fechamentos, respeite as responsabilidades da concessão pública, com a garantia de atendimento digno à população, e dos direitos trabalhistas", conclui a coordenadora da COE.
Fonte: Contraf-CUT