Sindicato protesta contra demissões e assédio no Banco Itaú
Manifestação aconteceu durante todo o período da manhã e retardou a abertura da Agência em Dourados por uma hora
Enquanto a lucratividade cresce – alcançando a marca dos R$ 30,8 bilhões no ano passado, 14,5% superior à 2021 –, o Itaú segue com “festival” de assédio, demissões e fechamento de agências em todo o país. Para protestar contra as atitudes desumanas do banco, os sindicatos dos bancários da região centro norte que compreende sete Estados e o Distrito Federal realizaram protestos na manhã desta quarta-feira (15/03), nas agências do banco desta região.
A mais nova medida da empresa, anunciada recentemente, é a demissão “humanizada”, um aviso emitido ao funcionário de que será desligado em breve, causando pânico e ansiedade entre os trabalhadores que já sofrem com as metas abusivas e sobrecarga de trabalho.
O vice presidente do Sindicato, Raul Verão, que é funcionário do Itaú, chama a atenção de que a atitude do banco não tem nada de humana, muito pelo contrário, “é mais um motivo de pressão que tem levado os trabalhadores ao adoecimento, pois mesmo quem não é demitido fica com medo de ser a bola da vez”.
Em Dourados, onde o banco tinha três agências e fechou duas, a manifestação aconteceu durante toda a manhã, com retardamento na abertura da única agência da cidade em uma hora, inclusive dos terminais de autoatendimento que ficou sem acesso desde as sete horas da manhã.
O Itaú, maior banco privado do país, não pode insistir em medidas que prejudicam os funcionários. O movimento sindical vai continuar denunciando e lutando contra as práticas gananciosas dos banqueiros.
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Bradesco segue mesma perversidade do Itaú
Mesmo com lucros absurdos que são ainda maiores se levada em consideração a estratégia dos PDDs (Provisão de Devedores Duvidosos), em que bancos guardam bilhões que não são computados nos lucros oficiais para se resguardar de possível inadimplência, o Bradesco, segundo maior banco privado do país, que obteve mais de R$ 20 bilhões de lucros em 2022, segue a mesma perversidade do Itaú.
A política é a mesma, fechamento de dezenas de agências físicas país afora, demissão em massa e precarização cada vez maior no atendimento aos clientes e usuários. A perversidade chega ao ponto de a população estar sendo impedida de se dirigir ao setor dos caixas físicos das agências até para descontar cheques do próprio banco, numa clara violação ao Código do Consumidor e a resolução nº 4.746 do Banco Central do Brasil.
Sindicato dos Bancários de Dourados e Região MS