Banco Itaú

29 de Outubro de 2024 às 13:19

Dia Nacional de Luta dos Funcionários do Itaú em Dourados

Data marca lançamento da campanha de mídia para sensibilizar a população sobre a realidade do bancário do Itaú

Como parte das manifestações de bancários e bancárias do Itaú, que nesta terça-feira (29) realizam um Dia Nacional de Luta em todo o país, o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região MS esteve nesta manhã na Agência Centro do Banco em Dourados onde dialogou com clientes e funcionários, além de distribuir o Jornal Itaunido, informativo nacional direcionado aos funcionários e clientes do Itaú Unibanco.  

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A instituição financeira completa 100 anos, mas a realidade de quem trabalha no banco não re­flete o brilho das campanhas publicitárias que prometem um futuro próspero e humano. Para muitos funcionários, o cotidiano no banco é marcado por desafios, pressão intensa e condições de trabalho precárias — bem distante da imagem de um dos maiores bancos da América Latina.

“Os sindicatos têm recebidos inúmeras denúncias de que o banco tem demitido por justa causa, por falta de certificações da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), inclusive dirigentes sindicais. E para piorar, o banco tem “oferecido” aos trabalhadores adoecidos e de licença médica pelo INSS, a troca da estabilidade do emprego por uma indenização em dinheiro, se aproveitando do momento de fragilidade psicológica do bancário.” Lembra o diretor do sindicato e funcionário do Itaú, Raul Verão, na foto dialogando com uma bancária na agência.

Além de demissões, adoecimentos

A mobilização dos bancários do Itaú em todo o Brasil visa denunciar a prática nociva do banco e chamar a atenção da população para o que está ocorrendo não só neste banco, mas no setor bancário de uma forma geral: uma epidemia de adoecimentos e de demissões por conta da violência organizacional focada no cumprimento de metas muitas vezes inatingíveis e com critérios de avaliações subjetivos ou pouco transparentes.

A realidade das demissões e adoecimento

Nos últimos doze meses, o Itaú fechou 1.785 postos de trabalho e 175 agências, intensificando a carga de trabalho para aqueles que permanecem no banco. A prática de terceirização já afeta 3.500 trabalhadores no estado de São Paulo, agravando a precarização das condições de trabalho e o adoecimento dos bancários. Demissões por justa causa se tornaram frequentes, baseadas em motivos que muitas vezes desconsideram o contexto dos trabalhadores, como nos casos de advertências aplicadas a funcionários com a prova de Certificação Profissional Anbima (CPA) marcada.

Além das demissões, a sobrecarga e o ambiente tóxico fazem com que o assédio moral e o adoecimento sejam problemas comuns entre os bancários. Casos de doenças psíquicas relacionadas ao trabalho no Itaú já representam 90% dos atendimentos dos sindicatos. Em vez de apoio, muitos trabalhadores recebem telegramas de abandono de emprego quando adoecem, uma atitude que reflete o desrespeito do banco em relação à saúde dos seus funcionários.

A COE do Itaú e os sindicatos orientam os bancários a buscarem orientação antes de aceitar qualquer indenização em troca de sua estabilidade no emprego. Como alerta Maria Izabel, outra coordenadora da COE Itaú: "Sua saúde é muito importante. Não renuncie aos seus direitos em troca de uma indenização, especialmente porque foi o banco que causou seu adoecimento. Procure o sindicato para entender seus direitos e se proteger. Não aceite dinheiro em troca da sua saúde! Afinal, ela vale mais do que qualquer proposta desonesta que o banco possa oferecer."

Por um ambiente de trabalho digno e saudável

A campanha lançada hoje busca unir os bancários e sensibilizar a sociedade para o desrespeito com o qual o banco tem tratado seus funcionários. A luta segue por condições de trabalho mais dignas, pelo fim das práticas abusivas e pela valorização dos profissionais que, diariamente, fazem o banco prosperar.

Os Sindicatos seguirão protestando e denunciando as demissões e os adoecimentos gerados pelo assédio moral enquanto essa situação perdurar.

Sindicato dos Bancários de Dourados e Região MS

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