Banco do Brasil

23 de Janeiro de 2025 às 09:13

DENÚNCIA: Entidade Agro acusa o BB de Roubo e Prejuízos e ataca categoria bancária

Sindicato dos Bancários de Brasília denuncia manobra de associação do agronegócio e defende o Banco do Brasil e Seus funcionários

Literalmente “cuspindo no prato que comeu”, por meio da Associação Brasileira de Defesa do Agronegócio (ABDAGRO), um grupo de grandes empresários do AGRO (tóxico) entrou com uma ação judicial contra o Banco do Brasil, alegando ter sofrido prejuízos com o atendimento prestado pelo banco aos produtores.

 Mas os fatos na realidade mostram o contrário, porque eles são os que devem muito do acúmulo de suas riquezas aos financiamentos subsidiados fornecidos pelo BB desde o “Áureo” período da escravidão no País. Cabe lembrar que esses grandes proprietários de terras seguem detentores de milhares de hectares e muitos são herdeiros das riquezas produzidas por mãos do povo negro sequestrado na África.

A ação movida contra o Banco do Brasil deixa claro que a política do agronegócio é atacar o maior banco estatal do País, pois não faz nenhuma menção aos bancos privados nem na ação, nem nos discursos repetidos que buscam fragilizar a imagem do BB.

Para isso a ABDAGRO está acusando os bancários de uma ação ilegal, “a venda casada” que é proibida. Sabemos que há política de metas abusivas em todo o sistema financeiro e que os bancários buscam cumpri-las dentro de regras rígidas. Também sabemos que ao adquirir determinados produtos o cliente não tem “prejuízo”, pois tratam de constituição de garantias para as próprias operações subsidiadas, o que reforça nossa interpretação de que a ação movida pelos latifundiários na realidade tem a finalidade de atacar o banco.

Assim, a diretoria do Sindicato dos Bancários de Brasília repudia essa acusação generalizada de prática ilegal, supostamente promovida pelos trabalhadores e aguarda as apurações dos Órgãos Controladores, em especial, do Banco Central.

Quem tem mais privilégio nas transações bancárias?

Diferente de todos os demais setores da economia, o agronegócio ao longo do  tempo tem sido o setor mais privilegiado para conseguir empréstimos  com   taxas de juros subsidiadas e, muitas vezes, com a anistia dos seus débitos.

Apenas em 2023, o Banco do Brasil, entre janeiro e dezembro, liberou mais de R$ 195 bilhões para o setor. No primeiro semestre de 2024, o banco liberou R$ 120 bilhões, incremento de 5,3% sobre o mesmo período do ano anterior, em benefício do agronegócio. Em 2024, o governo do presidente Lula destinou R$ 546,6 bilhões em investimentos para o agronegócio.

Os setores de serviços e da indústria não possuem esses privilégios por não terem  a mesma força que o agronegócio possui no Parlamento e dentro das demais estruturas do Estado. Pagam ainda uma intensa propaganda de mentiras na mídia.

Produção Nacional de Riquezas

Outra mentira que o agronegócio circula é que o crescimento do PIB brasileiro é puxado pelo setor, que representa pouco mais de 6%, enquanto a indústria chega a 22%; os serviços representam 59%.  Entretanto divulgam de forma massiva – e cínica – que é o setor mais produtivo do país.

Do total da produção agropecuária brasileira, o agronegócio gera apenas 3% dos empregos e pouco mais de 20% da produção de alimentos. A agricultura familiar produz mais de 70% da alimentação consumida no País, enquanto a produção do agronegócio é destinada para o mercado internacional.

Não podemos cair em “cantos de sereia” ou nas inverdades de um dos setores que mais tem lucrado ao longo da história brasileira, desde o uso do trabalho escravizado entre os séculos XVI e XIX, passando pela devastação ambiental e ataque às populações tradicionais e originárias.

Incentivos e garantias do agronegócio

Criada em 1996, a Lei Kandir isenta o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as exportações de produtos primários e semielaborados do agronegócio. Foi instituída como um incentivo para o agronegócio brasileiro, permitindo que os produtos agrícolas se inserissem no mercado internacional.

Em outubro de 2024, o Governo Federal editou a Medida Provisória (MP) 1.266/24 que prorrogou o privilégio dos produtores, conhecido como drawback, isentou ou suspendeu tributos (como Imposto de Importação, IPI e PIS/Cofins) sobre os insumos estrangeiros utilizados na produção de mercadorias destinadas exclusivamente à exportação. A MP foi direcionada aos produtores do Rio Grande do Sul, diante da calamidade provocada pelas enchentes.  Sempre que buscam manter seus privilégios mostram sua força com a bancada da bala e do boi, quase dois terços do Congresso Nacional.

Devastação ambiental

O agronegócio realiza grandes queimadas, intenso uso de venenos e maquinário, destruindo a fauna, flora, secando rios e lençóis freáticos.

Historicamente, o agronegócio acumulou propriedades com a grilagem de terras, expulsão de colonos, das populações originárias e quilombolas. Para isso usaram e abusaram da violência.

A terra, que tem que cumprir sua função social, enfrenta os grilhões de proprietários que a usa de forma criminosa ambiental e socialmente.

Estelionatários da história

Em 1795, o brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva, estudante de Direito, em Portugal, defendeu que a Coroa portuguesa acabasse com a escravidão e distribuísse terras aos povos escravizados, conforme biografia publicada pelo Exército brasileiro. Mas nada disso foi feito ao longo dos séculos que vieram.

Defender o patrimônio público é uma necessidade histórica, especialmente diante dos ataques que as instituições públicas estatais têm sofrido, iniciada durante o governo Fernando Collor, em 1990 e aprofundada por FHC, que fechou e privatizou a maioria dos bancos estaduais.

O Banco do Brasil é um patrimônio do povo brasileiro, não renunciaremos a sua defesa!

Fonte: Seeb-Brasília



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