Banco do Brasil

25 de Fevereiro de 2022 às 15:59

Conquista: Bancários do grupo de risco do BB podem voltar ao home office

Após negociações realizadas pelo movimento sindical, o banco informou o retorno do trabalho remoto do Grupo de Risco. A medida passa a valer a partir  desta sexta-feira(25) até eventual nova orientação do Banco.

A informação foi feita internamente aos bancários e incluem funcionários em dependências que apresentem condições clínicas de risco para desenvolvimento de complicações da Covid-19, que terão a opção de trabalhar de forma remota, desde que comprovado o enquadramento nas seguintes comorbidades:

Cardiopatias graves ou descompensadas (insuficiência cardíaca, infartados, revascularizados, portadores de arritmias, hipertensão arterial sistêmica descompensada);

Neuropatias graves ou descompensadas (dependentes de oxigênio, portadores de asma moderada/grave, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC);

Imunodeprimidos;

Doentes renais crônicos em estágio avançado (graus 3, 4 e 5);

Diabéticos, conforme juízo clínico; e

Gestantes de alto risco (independentemente da gestação de alto risco, atualmente todas as gestantes permanecem afastadas do trabalho presencial enquanto a Lei 14.151, de 12 de maio de 2021, permanecer em vigor).

Funcionários com 60 anos ou mais também terão a opção de trabalhar de forma remota. Para estes casos ou para os que se enquadrarem em uma das comorbidades acima será necessário preencher e encaminhar aos seus gestores (para inclusão no dossiê do funcionário) os documentos (disponíveis no hotsite do Coronavírus na Intranet): Autodeclaração de Saúde – Grupo de Risco e Termo de Trabalho Residencial Emergencial (TRRE).

Trajetória das mobilizações

No último trimestre de 2021, por decisão unilateral, o Banco do Brasil colocou em prática a retomada de 100% do trabalho presencial. Na ocasião, os movimentos que representam os trabalhadores pediam para que o home office fosse mantido aos trabalhadores com comorbidades, mas o banco negou.

Em mesa de negociação, realizada no dia 8 de dezembro, os trabalhadores obtiveram um pequeno avanço, com a manutenção do home office para grávidas, imunossuprimidos (indivíduos que possuem uma condição de saúde que faz com que seus corpos respondam menos a qualquer tipo de vacina), pessoas em tratamento contra o câncer e com deficiência auditiva. Também permaneceram em home office as pessoas que não se vacinaram por indicação médica.

Entretanto, nós continuamos defendendo a retomada do trabalho remoto para todos enquadrados no grupo de risco. Nossa preocupação foi se tornando ainda maior quando vimos os números de contaminados por covid e, agora também por influenza, subindo em todo o país, entre o final do ano passado e o início deste.

No dia 27 de janeiro, trabalhadores do BB em todo o país realizaram um Dia Nacional de Luta para exigir do banco respeito à saúde dos trabalhadores e clientes. No dia seguinte, a CEBB ainda se reuniu com o banco, quando cobrou a rápida implementação de medidas de proteção à saúde, entre elas o teletrabalho para locais de grande aglomeração e para todos dos grupos de risco. Estamos felizes por, finalmente, conquistar esse direito do trabalhador de resguardar sua saúde num momento tão delicado como este que estamos vivendo, disse o coordenador da Comissão de Empresa do Banco do Brasil, João Fukunaga.

O BB sinalizou a possibilidade de retomar as negociações sobre o teletrabalho institucional, cujas premissas já foram contempladas em acordo específico assinado entre o BB e a Contraf-CUT. Reunião está agendada para a próxima quinta-feira (3).



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