Cassi não explica demora no atendimento, nem como vai resolver o problema
A Cassi não assume a responsabilidade pela situação, causada, ao que tudo indica, pela falta de planejamento para atender à demanda que voltou a crescer em função da pandemia se encontrar ainda fora de controle
Desde o final de dezembro os associados que procuram pelo teleatendimento médico da Cassi ficam horas esperando, o que tem levado muitos a desistir. Em comunicado lacônico, divulgado no último dia 3, a diretoria da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil põe a culpa no aumento da procura pelo serviço devido ao crescimento de casos de influenza e covid-19, o que não é uma justificativa aceitável, já que o problema não ocorreu nem mesmo no auge da pandemia em março do ano passado.
No documento a Cassi não assume a responsabilidade pela situação, causada, ao que tudo indica, pela falta de planejamento para atender à demanda que poderia, como aconteceu, voltar a crescer em função da pandemia ainda se encontrar fora de controle. Em outro comunicado, o diretor de Risco Populacional, Saúde e Rede de Atendimento, Luiz Satoru, vai na direção contrária puxando a orelha e responsabilizando os associados pela situação: “A Telemedicina CASSI está neste momento com uma grande sobrecarga de atendimentos, muito provavelmente por "algum relaxamento" coletivo nas festas de final de ano”, afirma ironicamente em comunicado.
“Além de assumir a responsabilidade como gestora de um serviço que neste momento apresenta graves problemas para atender a pessoas em situação de emergência, a diretoria da Cassi deveria ter se preocupado em dizer que medidas tomará para resolver a questão e atender de maneira correta os associados”, afirmou Rita Mota, diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB).
Acrescentou que em nenhum momento a diretoria da Caixa de Assistência tomou para si a responsabilidade pela pane no atendimento. “Neste momento de pandemia, sobretudo com o aumento dos casos da variante ômicron e da influenza, a Cassi tinha o dever de ter se preparado para atender com mais presteza às pessoas que a procuram. Não há em seus documentos uma explicação convincente para esta espera excessiva, num momento em que mais se precisa de atendimento. Nem a apresentação da solução com prazos definidos que, no fim das contas, é o que os associados esperavam”, afirmou.