Cassi aumenta da coparticipação e penaliza associados

Não bastasse a tentativa de minar o crescimento do banco e a ameaça de fechamento de agências os funcionários do BB vão conviver com mais um absurdo. Acontece que foi aprovado o aumento da coparticipação sobre consultas e exames do plano e a alteração do limitador de 1/24 do salário para a cobrança. A aprovação foi resultado dos votos favoráveis dos indicados do BB e de Sérgio Faraco, um dos representantes eleitos pelos associados.
O movimento sindical que tinha como representante um defensor dos trabalhadores, lamenta pelo voto de Sérgio Franco.
Infelizmente, os votos dos demais conselheiros eleitos não foram suficientes e não impediu a aprovação da proposta, criticada pelos associados, entidades e conselhos de usuários. As regras com o valor e o limite foram instituídas através de reforma estatutária feita com consulta ao corpo social em 2007.
Agora, a coparticipação sobre consultas vai para 50% e sobre exames para 30%. Esta foi a segunda alta dos percentuais da cobrança este ano e em janeiro, a coparticipação sobre consultas passou de 30% para 40% e sobre exames de 10% para 20%.
A reunião do Conselho Deliberativo da Cassi, realizada nesta segunda-feira (24/06), também aprovou que não será mais considerado o limite de 1/24 do salário para a cobrança da coparticipação sobre exames. Com a mudança, até o pagamento total da dívida o associado terá de pagar os valores restantes do total da coparticipação todos os meses.
Exemplo:
Para demonstrar, antes da mudança, se um funcionário que recebe R$ 5 mil precisar realizar um exame de R$ 10.000,00, a coparticipação seria de 30% (R$ 3.000,00). O trabalhador pagaria R$ 208,50 e o restante do valor ficaria sob a responsabilidade do plano.
Agora, terá de pagar 14 vezes de R$ 208,50 mais uma parcela de R$ 81,00. Se necessitar de mais um exame no período do pagamento da dívida (15 meses), poderá empurrar o valor para frente até ter margem disponível. Quer dizer, vai gerar uma dívida eterna.
Reabertura de negociações
A proposta de alteração no custeio e governança da Cassi não foi aprovada pelos associados. No dia seguinte ao resultado, a Contraf-CUT enviou um ofício ao Banco do Brasil solicitando reabertura das negociações da Mesa da Cassi. Quase dois meses após o envio do ofício, o BB ainda não respondeu à solicitação da Contraf-CUT.