Banco do Brasil

11 de Novembro de 2022 às 07:59

“Banco do Brasil precisa cumprir papel de banco público”

Atual gestão despreza sua função social e tem visão de banco privado, alerta coordenador da CEBB

O resultado da eleição que reconduz Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto, após 12 anos, mostra que a população brasileira escolheu um projeto de governo que valoriza o papel do Estado como redutor das desigualdades sociais e regionais. E, neste processo, o Banco do Brasil, assim como os demais bancos públicos, tem papel fundamental. A avaliação é do coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), João Fukunaga.

“Nós próximos quatro anos, o Estado deve retomar sua missão no combate à fome e a pobreza, como investidor em serviços públicos de qualidade para recuperar entidades públicas que perderam sua força devido às crises econômica e de governo, como o Sistema Único de Saúde (SUS), previdência social, saneamento e meio ambiente”, destacou Fukunaga, completando que, neste cenário, “os bancos públicos precisam, mais do que nunca, atuar decisivamente para reduzir o spread bancário e baixar as taxas de juros extorsivas que sugam recursos da atividade produtiva para garantir o pagamento de dividendos aos acionistas”.

O coordenador da CEBB lembrou que no período dos governos Temer e Bolsonaro, portanto desde 2016, os bancos públicos foram enfraquecidos. O BB, em especial, fechou mais de 1.500 agências e cortou cerca de 10 mil empregos. “O banco reduziu suas operações de crédito e, nos últimos anos, vem cobrando tarifas e juros tão ou mais altos que os dos bancos privados. Além disso, reduziu sua participação no mercado, de maneira deliberada, abrindo espaço para a concorrência”, continuou.

Fukunaga observou que, na gestão do atual presidente do BB, Fausto Ribeiro, foi acelerado o processo que levou a empresa a atuar, cada vez mais, como qualquer banco privado, com impactos não apenas na maneira como oferta serviços à população, mas também como trata os funcionários, “submetidos a metas abusivas e ao assédio moral”.

O coordenador a CEBB frisou que o Estado é o controlador do BB, portanto é um banco da população. Questão que precisa ser relembrada para que a empresa recupere, inclusive, seu papel histórico de banco da agricultura e resgate sua capilaridade e presença em todas as regiões e municípios.

“A atual gestão abandona qualquer resquício de função pública e social do Banco do Brasil, resumindo sua missão a ‘cuidar do que é valioso para a pessoa’, frase sem significado que reduz a nada o papel de uma empresa bicentenária, cujo crédito foi fundamental para levar o Brasil a ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo”, ressaltou o porta-voz dos funcionários do banco, arrematando que “a atual gestão”, portanto, “não está à altura do desafio que o BB terá no novo governo, que deve voltar a ser um grande banco a serviço da população brasileira e que valoriza parcerias com quem acredita no papel relevante que o país deve exercer na economia mundial”.

Fonte: Contraf-CUT



Diretoria

Priscila Forni Donzelli B. Lopes
Vice-presidente
Carlos Alberto Longo
Diretor de Organização e Sup. Administrativo
Paulo Rosa
Titular
Sandra Regina S. Mazarim
Titular
Roselene Silva O. Silvério
Suplente
Hellon Charles Douglas Sekine
Suplente
Ana Perla Alves Casa
Suplente
Christian Luiz Pereira
Suplente

Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

Rua Olinda Pires de Almeida, 2450 Telefone 0xx67 - 3422 4884