Banco do Brasil lucra R$ 14 bi, mas reestruturação continua
O resultado extraordinário do Banco do Brasil é fruto do empenho dos funcionários, mesmo na pandemia e com os ataques do governo Bolsonaro e da direção da empresa
O lucro líquido do Banco do Brasil, em 2020, foi de R$ 13,9 bilhões. A queda de 22% em relação à lucratividade obtida em 2019 é em decorrência da antecipação, em caráter prudencial, de R$ 8,1 bilhões em provisões feitas ao longo dos trimestres. Somente no quarto trimestre do ano passado, o BB somou R$ 3,7 bilhões e subiu 6,1% em relação ao trimestre anterior.
O resultado extraordinário do Banco do Brasil é fruto do empenho dos funcionários, mesmo na pandemia e com os ataques do governo Bolsonaro e da direção da empresa. Com um plano de reestruturação em curso, o BB vai colocar 5 mil trabalhadores para fora, fechar 112 agências (242 postos de atendimento e sete escritórios) e tirar a gratificação dos caixas executivos. Um prejuízo para a sociedade também.
A carteira de crédito ampliada da instituição financeira cresceu 9% nos últimos 12 meses, alcançando R$ 742 bilhões. O aumento no volume de crédito para pessoas físicas foi de 6,7% e o crédito rural subiu 6,8%. Apresentou expansão de 25,6% no crédito a micro, pequenas e médias empresas no ano passado.
O desmonte é injustificável. Foram eliminados 19,5 mil postos de trabalho entre 2014 e 2020. De 2016 para cá, foram fechadas 1.072 agências do Banco do Brasil. Também obteve bom resultado com as receitas de prestação de serviços. Alta de 4,8% nas receitas com seguros, previdência e capitalização, de 14,5% nos consórcios e de 7,2% na administração de fundos.