Banco do Brasil flexibiliza prevenção do grupo de risco
A diretoria do Banco do Brasil resolveu flexibilizar o isolamento dos funcionários pertencentes ao grupo de risco, determinando que possam retornar voluntariamente ao trabalho presencial. No início da pandemia do coronavírus, foi determinado como medida preventiva o isolamento com teletrabalho para pessoas acima dos 60 anos e que tenham alguma doença prévia.
Segundo o documento que propôs o retorno, enviado nesta segunda-feira (19/10) aos funcionários, a mudança se deve aos pedidos que teriam sido feitos por pessoas pertencentes ao grupo de risco, entre outros motivos, por ‘questões de adaptabilidade’.
O Banco do Brasil também informou que a solicitação deve ser encaminhada ao Sesmt (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), acompanhada de avaliação do médico assistente, que trata do funcionário, autorizando o trabalho presencial.
Ainda segundo o BB, a documentação será avaliada com base nas recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde) e de sociedades médicas de infectologia no Brasil e no exterior.
Fica determinado também que não será autorizado o retorno funcionários acima de 60 anos, com diabetes de qualquer tipo, com obesidade grau 3 (IMC igual ou acima de 40), portadores de doenças crônicas graves ou gestantes.
O Sindicato está acompanhando o processo, e lembra do grande risco a este grupo de funcionários ao retornar ao ambiente de trabalho, já que o governo Bolsonaro, responsável pela atual gestão do Banco do Brasil, minimiza os riscos da Covid-19. Em caso de pressão por partes dos gestores do BB, a entidade está à disposição dos bancários para denúncias, e para que sejam tomadas todas as medidas cabíveis nos casos de abuso ou assédio.
Ameaças de retirar o home-office se não cumprir metas
Em algumas regiões do país há denúncias de que alguns gestores têm ameaçado retirar o home-office de funcionárias e funcionários do Banco do Brasil que não estejam cumprindo as metas estabelecidas.
O Sindicato lembra que o home-office, nesse momento de pandemia, não é uma benesse, mas sim uma forma de resguardar aqueles que se enquadram nos chamados grupos de risco. Portanto, não deve estar vinculado ao cumprimento de metas. Na nossa base sindical não temos conhecimento que isso esteja ocorrendo, mas alertamos para que, caso alguém esteja nessa situação ou venha a passar por isso, denuncie imediatamente ao sindicato.