Agências do Banco do Brasil amanheceram sob protestos nesta quarta-feira
Funcionários e sindicatos dos bancários se manifestam contra a reestruturação do banco
Diversas agências do Banco do Brasil permaneceram fechadas nesta quarta-feira (10) em todo país. Os funcionários cruzaram os braços em protesto contra o plano de reestruturação do banco, que prevê 5 mil demissões, o fechamento de 112 agências, de 242 postos de atendimento e sete escritórios. Também ocorreram manifestações públicas nas ruas e câmaras municipais e distribuídos panfletos informativos à população.
Na base do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, composta por 13 municípios, o sindicato coordenou a paralisação que aconteceu em Dourados e também e algumas agências da região. Todas as agências da base foram visitadas pelo sindicato na noite de terça-feira, com os diretores fazendo a colagem dos cartazes da greve e também com denúncia do desmonte do banco a população.
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“Tivemos ampla adesão dos funcionários do Banco do Brasil neste dia de paralisação, em todo o país, nesta quarta-feira (10). Os cofres do banco em São Paulo, Campinas, Brasília e Ribeirão Preto ficaram fechados. E a paralisação de hoje é apenas mais uma no calendário de greves do BB, contra a execução do plano de cortes de custos do banco. O desmonte promovido pelo governo prejudica não somente os trabalhadores, mas aos clientes, que têm o serviço precarizado. Aguardamos a direção do banco para negociar melhores condições de trabalho e respeito à população”, disse, o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga.
“As mudanças afetam a vida dos funcionários que saem e dos que ficam, devido à sobrecarga de trabalho e possíveis transferências. Mas, também podem afetar toda a economia, principalmente das cidades que perderão agências e de toda a população, que terá o atendimento prejudicado. Não dá para o banco fazer uma reestruturação como está sem conversar antes com as partes que serão afetadas”, completou.
O banco anunciou o pacote de reestruturação em janeiro e, desde lá, funcionários e suas representações sindicais buscam, em vão, informações sobre o plano para evitar danos aos funcionários e todos os demais afetados. Diante da negação do banco em negociar, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) solicitou a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), mas até ontem as negociações haviam sido infrutíferas.
Fonte: Contraf-CUT