Sindicato fecha agência do Bradesco em protesto contra demissões
O protesto acontece na Agência Marcelino Pires, que permanecerá fechada durante todo o dia
O Bradesco demite empregados por todo o Brasil. São mais de 8 mil trabalhadores colocados para fora em 12 meses, apesar de ter lucrado R$ 19,6 bilhões nos nove primeiros meses do ano. São pais e mães de famílias que dedicaram anos de sua vida contribuindo para o crescimento da empresa e que são jogados a própria sorte em plena pandemia.
Para cobrar respeito aos funcionários, que dão duro diariamente para atender os clientes e vivem apreensivos com medo de serem desligados no final do dia, e ao povo brasileiro, o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região está realizando uma manifestação nesta terça-feira (23) em Dourados. O protesto acontece na Agência Marcelino Pires, que permanecerá fechada durante todo o dia. A atividade, que acontece em todo o país, faz parte do Dia Nacional de Luta contra as demissões no Bradesco.
Segundo Carlos Longo, presidente do sindicato, esta é uma das agências do banco na base do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região que foi transformada em unidades de negócios, que privilegiam apenas as áreas comerciais, colocando fim nos setores operacionais e administrativos do banco.
“Além de transformar agências em unidades de negócios, que na prática sobrecarrega os bancários das outras agências no atendimento aos clientes e usuários, o banco ainda fechou centenas de agências em todo o Brasil, inclusive em Dourados”, denuncia Longo.
No protesto, com carro de som, faixas e distribuíção de panfletos, os diretores do Sindicato estão alertando a população para o fechamento das unidades bancárias e denunciando as demissões. Em um ano mais de mil agências foram fechadas em todo o país, outras tantas transformadas em agências de negócios, além de centenas transformadas em PA (Posto de Atendimento).
Segundo o Diretor do Sindicato e representante da Fetec-CN/CUT na COE do Bradesco, Edegar Martins, só no Mato Grosso do Sul foram aos menos 36 demissões, sendo destas, 6 em Dourados.
“Além de sobrecarregar os empregados que ficam nas agências, a política de cortes da empresa precariza o atendimento para os clientes. Os correntistas são obrigados a esperar horas na fila para serem atendidos e ainda ficam expostos ao vírus, em plena pandemia de Covid-19”, lembra Edegar.
O Sindicato dos Bancários de Dourados e Região permanecerá na luta em defesa do emprego dos bancários, por melhores condições de trabalho e atendimento digno para a população, cobrando que a direção do Bradesco respeite os trabalhadores que constroem essa marca e que a transformaram em uma das mais valiosa da América Latina.