Banco Bradesco

3 de Maio de 2017 às 17:01

Lucro líquido do Bradesco cresce 13% no primeiro trimestre

O Banco Bradesco obteve um Lucro Líquido Ajustado de R$ 4,648 bilhões no 1º trimestre de 2017. O resultado representa um crescimento de 13% em doze meses e 6,0% no trimestre. O Retorno Sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) ficou em 18,3%, com aumento de 0,8 pontos percentuais em relação a março de 2016. Contribuíram para esse resultado as receitas de crédito, com crescimento de 12%, com Títulos e Valores Mobiliários, com elevação de 23%, e o resultado com seguros, previdência e capitalização, que cresceu 15% em doze meses.

“O país vive uma recessão enorme. Mas, o Bradesco, assim como todo sistema financeiro do país, continua obtendo lucros bilionários crescentes e uma rentabilidade muito grande se comparada aos padrões internacionais”, observou Gheorge Vitti, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco.

holdingencerrou março de 2017 com 106.644 empregados, com aumento de 15.249 postos de trabalho em relação a março de 2016. “Temos que tomar cuidado ao analisar esse dado. Esse suposto aumento do número de empregos se deu devido à incorporação do HSBC. A verdade é que, se olharmos a quantidade de funcionários que o grupo possuía logo após a incorporação, veremos que houve uma redução de 3.278 postos, desde setembro de 2016”, observou o coordenador da COE do Bradesco. A mesma ponderação deve ser feita com relação ao número de agências, que expandiu em 613 unidades no período.

A Carteira de Crédito Expandida do banco teve um crescimento de 8,5% nos últimos doze meses e atingiu R$ 502,7 bilhões (no trimestre houve queda de 2,4%). As operações com pessoas físicas cresceram 16,3% em relação ao 1º trimestre de 2016, chegando a R$ 171,8 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 330,9 bilhões, com aumento de 4,9% em doze meses e retração de 2,5% no trimestre. As comparações anuais são afetadas pela aquisição do HSBC que se efetivou em julho de 2016. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou alta de 1,4 pontos percentuais no período, ficando em 5,6%. Diante disso, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) também subiram significativamente (40,7%), totalizando R$ 8,2 bilhões, impactando negativamente o lucro do banco.

A receita com prestação de serviços e a renda das tarifas bancárias cresceram 17,8% no período, totalizando R$ 5,8 bilhões. As despesas de pessoal, considerando a PLR, subiram 28,4%, atingindo R$ 4,8 bilhões, em função da aquisição do HSBC. Assim, no primeiro trimestre de 2017, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 124,8%.

“Mesmo com lucros exorbitantes, o Bradesco não valoriza quem lhes garante esses resultados, que são seus funcionários. Basta ver que, mesmo com uma redução da diferença entre o lucro obtido com taxas cobradas pelos serviços prestados aos clientes e as despesas com pessoal, o que eles arrecadam, somente com esse segmento, é 25% maior do que eles desembolsam. Se considerarmos que a maior fonte de lucro são aqueles obtidos com outras operações financeiras, temos uma ideia do quanto os bancos ganham com as operações no Brasil”, explicou o coordenador da COE do Bradesco.



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