Nesta quarta-feira (03) bancários e bancárias do Bradesco em todo o país denunciam o banco pela sua postura carrasca e inflexível na implantação da reestruturação da empresa

A postura inflexível do Bradesco vem sendo denunciada pelo Sindicato dos Bancários de Dourados e Região MS, assim como por todo o movimento sindical bancário do país. Hoje, Dia Nacional de Luta, a entidade e os trabalhadores chamam a atenção para os prejuízos contidos na reestruturação do banco.

A ação faz parte da campanha salarial, momento em que os sindicatos cobram dos bancos responsabilidade com bancários e clientes, principais responsáveis pela alta lucratividade das empresas. Em 2023, por exemplo, o Bradesco obteve lucro líquido recorrente de R$ 16,3 bilhões. Apesar da bonança financeira, o banco informou mudanças estruturais para os próximos cinco anos.

Em Dourados o Sindicato realiza visita as agências com panfletagem e dialogando com os trabalhadores sobre a atitude da empresa, que fecha agências e corta postos de trabalho e com isso não só sobrecarrega e adoece os funcionários, como superlota as unidades remanescentes. Perde os funcionários do Bradesco e perde também seus clientes e usuários. Confira mais imagens no final da matéria. 

O Bradesco continua carrasco e inflexível

Entre as medidas previstas está o fechamento de mais agências. Entre o último trimestre de 2019 e os últimos três meses de 2023, o Bradesco encerrou 1.783 unidades e 703 postos de atendimento bancário.

O corte nos empregos também é acentuado. No quarto trimestre de 2016, logo após a aquisição do HSBC, o Bradesco possuía 108.793 empregados. No último trimestre de 2023, o número de trabalhadores era de 86.222, queda de 22.571 postos de trabalho em sete anos.

Já no quarto trimestre de 2016, o Bradesco tinha 92.455.480 clientes, ou seja, 849,83 pessoas por bancário. No quarto trimestre de 2023, a clientela chegava a 105.844.674, uma relação de 1.227,58 indivíduos por funcionário, alta de 44,5% no período.