Bradesco lucra quase R$ 20 bilhões em apenas nove meses
Na contramão do lucro exorbitante em plena pandemia, o Bradesco demitiu mais de 10 mil trabalhadores e fechou mais de 1 mil agências em 12 meses
Mais um banco divulgou lucratividade surpreendente. O Bradesco colocou nos cofres o lucro líquido recorrente de R$ 19,6 bilhões em nove meses, sendo que lucrou R$ 6,767 bilhões somente no terceiro trimestre deste ano. Aumento de 34,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando abocanhou R$ 5,031 bilhões, e de 7,1% (R$ 6,319 bilhões) ante o segundo trimestre deste ano.
As operações de seguros, tradicionalmente responsáveis por até 30% dos lucros, rendeu ao banco, de julho a setembro, R$ 3,213 bilhões, alta de 104,1% em relação ao segundo trimestre deste ano. O Bradesco somou R$ 8,8 bilhões com receitas de prestação. Avanço de 7,8%. Também apresentou crescimento de 16,4% em relação ao mesmo período do ano passado para R$ 773,323 bilhões na carteira de crédito expandida.
Na contramão do lucro exorbitante em plena pandemia, o Bradesco demitiu mais de 10 mil trabalhadores e fechou mais de 1 mil agências em 12 meses. Em Dourados uma agência foi fechada e outra transformada em unidade de negócios, privilegiando apenas as áreas comerciais e colocando fim nos setores operacionais e administrativos do banco, ocasionando com isso sobrecarga de trabalho aos funcionários das outras agências e concentração dos clientes e usuários que, além de não ter um atendimento adequado, são obrigados a passar horas na fila em plena pandemia.
O banco que desvaloriza, desliga empregados e precariza o atendimento para os correntistas é o mesmo que observa os ativos totais subirem para R$ 1,716 trilhão, um aumento de 3,4% em um ano. Além do patrimônio líquido, que alcançou R$ 147,606 bilhões, avanço de 7,4% em base anual.